Browsing by Author "Sampaio, I."
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- Consecutive bilateral decompression retinopathy after mitomycin C trabeculectomy: a case reportPublication . Figueiredo, A.; Sampaio, I.; Menéres, M.; Spaeth, G.BACKGROUND: After a successful trabeculectomy, a sudden intraocular pressure decrease may alter the intracranial to intraocular pressure ratio and cause decompression retinopathy. Frequent Valsalva maneuvers may also play a role in its pathogenesis. This condition may manifest as multiple retinal hemorrhages, edema of the optic disc, macular edema, or a sudden decrease in visual acuity postoperatively. Outcomes for patients are usually good, with spontaneous resolution occurring within a matter of weeks. It has been rarely reported in the literature as a bilateral condition. CASE PRESENTATION: We present a case of consecutive bilateral decompression retinopathy in a 54-year-old severely obese Caucasian woman (body mass index 37 kg/m(2)) with open angle glaucoma and a poor history of medical therapeutic compliance, who chose surgical treatment based on her inability to consistently use ocular drops. Our patient underwent a trabeculectomy with mitomycin C in both eyes, with surgeries taking place 3 months apart. After the first surgery, 2 weeks postoperatively, she complained of decreased visual acuity. Examination of her right eye fundus revealed multiple retinal hemorrhages and disc edema. There was a similar pattern in her left eye, this time including maculopathy. Her visual acuity and fundoscopic changes resolved spontaneously over a period of a month in both cases. Currently, our patient has well-controlled bilateral intraocular pressure, ranging between 14 and 16 mmHg, without hypotensive medication. CONCLUSIONS: Decompression retinopathy is a potential complication after glaucoma surgery, but has rarely been described as a bilateral consecutive condition. A comprehensive approach could help to anticipate its occurrence and manage it.
- Hipotermia induzida na encefalopatia hipóxico-isquémicaPublication . Graça, A.; Sampaio, I.; Moniz, C.A hipotermia induzida (HI) é considerada actualmente a terapêutica neuroprotectora de eleição para a encefalopatia hipoxico-isquémica (EHI) moderada a grave no recém-nascido (RN) de termo, já existindo experiência considerável na sua utilização em contexto clínico. Consiste na redução da temperatura corporal para valores entre 33 e 34ºC durante 72 horas, seguida de um reaquecimento progressivo. No momento actual tornou-se crucial que todos os médicos que prestam assistência ao recém-nascido conheçam as indicações para este tratamento e as especificidades da abordagem inicial destes doentes, sendo imprescindível iniciar medidas de hipotermia passiva no local de nascimento, que devem ser mantidas durante o transporte. O primeiro programa nacional de HI na EHI iniciou-se na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais do Serviço de Neonatologia do Hospital de Santa Maria (UCIN-HSM) em Novembro de 2009. Foram tratados nos primeiros 18 meses do programa 29 doentes oriundos de todo o território continental do país. A mediana da idade gestacional foi de 39 semanas, identificando-se um evento agudo intra-parto em cerca de um terço dos casos. Todos necessitaram de reanimação avançada e apresentaram evidência de acidose metabólica na primeira hora de vida. Na admissão metade apresentavam encefalopatia grave, nove moderada e seis ligeira. A hipotermia passiva iniciou-se no hospital de origem antes das três horas de vida e a hipotermia activa iniciou-se sempre antes das 12 horas de vida (mediana de seis horas). Durante o tratamento todos os RN estiveram monitorizados com electroencefalograma de amplitude integrada (aEEG), sedados e com suporte ventilatório. Ocorreram convulsões em 22 RN, hipotensão arterial em 21 e insuficiência renal aguda em nove. O prognóstico baseado na evolução clínica, na monitorização com a EEG e na RMN-CE, considerou-se favorável em oito RN, intermédio em quatro e adverso em 12 casos. Cinco RN faleceram, dois ainda durante o tratamento. A implementação do programa de hipotermia na UCIN-HSM permitiu o acesso dos RN portugueses à única terapêutica eficaz na EHI. Apesar de alguns RN terem nascido a grande distância de Lisboa, foi possível iniciar sempre a HI dentro da janela terapêutica. Tratou-se de um grupo de RN gravemente doentes, frequentemente com falência multiorgânica e sujeitos a alterações na fisiologia de vários órgãos e sistemas condicionadas pela hipotermia. Ao longo do tempo, a par de um aumento no número de doentes referenciados, verificamos um aumento relativo dos casos menos graves, o que reflecte um aumento da sensibilidade dos pediatras para a importância de referenciar atempadamente estes doentes para uma UCIN com programa de hipotermia.