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Advisor(s)
Abstract(s)
Objectivos: A vacinação é um dos melhores exemplos de prevenção
primária em saúde. Este estudo pretendeu estimar a cobertura das
vacinas meningocócica (MnC) e pneumocócica (Pn7) numa coorte de
crianças utentes de um centro de saúde do Norte de Portugal.
Métodos: Realização de um estudo longitudinal de uma amostra
representativa das crianças nascidas entre 2000 e 2003. Os dados
foram recolhidos dos registos de vacinação do centro de saúde.
Resultados: Foram recolhidos dados de 290 crianças, 41,4%
raparigas. A cobertura vacinal 2000-2003 foi de 76,9% para a MnC
e 41,4% para a Pn7. Quarenta e sete por cento tinham ambas as
vacinas. O número das crianças que fizeram pelo menos uma dose
de MnC ou Pn7 foi máximo em 2002. No período estudado, 3,8%
(MnC) e 21.5% (Pn7) das 290 crianças iniciou mas não terminou a
vacinação. A mediana da primeira dose foi de 11 meses para a MnC,
e 6,5 meses para a Pn7.
Noventa e sete por cento das crianças com vacinação completa
para Pn7 também a tinham para a MnC, mas somente em 52% das
crianças acontecia o inverso (p<0,001). A proporção das crianças que
receberam outras vacinas extra plano foi de 24.4% dentro das crianças
que receberam MnC e Pn7 e de 4,0% nas restantes (p<0,001).
Conclusões: Encontrou-se uma cobertura vacinal elevada para
ambas as vacinas, apesar dos custos para os utentes. A maioria da
cobertura para a MnC foi devido à vacinação no segundo ano da vida,
exigindo apenas 1 dose. Um número considerável de crianças iniciou
mas não terminou a programa de vacinação. A idade da primeira toma
diminuiu entre 2000 e 2003, proporcionando uma melhor cobertura
no período mais vulnerável da doença. Observou-se uma associação
entre a administração de Pn7 e MnC, e outras vacinas extra plano.
Palavras-chave: Cobertura vacinal, vacina meningocócica, vacina
pneumocócica, vacinas conjugadas.