Browsing by Author "Monteiro, D."
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- Acufeno púlsátil - Caso clínico de fístula arteriovenosa dural e revisão da literaturaPublication . Monteiro, D.; Lino, J.; Carvalho, I.; Ferreira, M.; Xavier, J.O acufeno é definido como uma percepção consciente de um som na ausência de fonte externa. Embora não seja considerado uma doença, muitos doentes sofrem deste sintoma. Tem múltiplas etiologias sendo que, apenas algumas são conhecidas. As malformações vasculares constituem a principal causa de acufenos pulsáteis. Descrevem-se dois casos clínicos de doentes com acufeno pulsátil. Ambos realizaram angio-ressonância que evidenciou fístula arteriovenosa dural (DAVF) do seio lateral direito, uma do tipo I e outra do tipo IIa de Cognard. Foram submetidas a angiografia crânioencefálica com embolização, recorrendo a partículas de polivinil álcool (PVA) e a Onyx®, com encerramento da fístula e resolução das queixas. O tratamento das fístulas arteriovenosas durais deve ser ponderado de acordo como tipo de fístula, segundo as escalas de Cognard ou de Borden e, com a existência ou não de sintomatologia.
- Carcinoma adenóide cístico laríngeo: A propósito de um caso clínicoPublication . Monteiro, D.; Ribeiro, R.; Farrajota, P.; Ferreira, M.; Almeida-Sousa, C.O carcinoma adenóide cístico (CAC) é a neoplasia maligna mais frequente das glândulas salivares minor mas, dada a escassez destas glândulas ao nível da laringe, nesta localização, corresponde a menos de 0,2% das neoplasias. Na laringe, localiza-se mais frequentemente na região subglótica, sendo os primeiros sintomas muitas vezes tardios. Estes incluem estridor, dispneia, tosse e obstrução da via aérea. Neste caso clínico, apresenta-se uma doente de 50 anos, com um CAC da região subglótica, cujo primeiro sintoma foi dispneia progressiva. Por má resposta terapêutica foi realizada uma broncofibroscopia onde foi detectada uma neoformação subglótica. Biópsia posterior diagnosticou um CAC do tipo cribriforme. Foi submetida a laringectomia total, seguida de Radioterapia (RT). O seguimento ao longo de 15 meses após cirurgia revela que a doente se encontra sem evidência de recidiva local ou metástases à distância. O seguimento prolongado destes doentes é obrigatório, dada a possível metastização tardia.
- Tempo de respiração exclusivamente nasal e a qualidade de vida relacionada com a obstrução nasalPublication . Ribeiro, R.; Monteiro, D.; Oliveira, J.; Fereira, J.; Almeida-Sousa, C.Objectivos: Verificar se havia correlação entre o tempo de respiração exclusivamente nasal (TREN), sem desconforto para o paciente, e os resultados da escala NOSE (Nasal Obtruction Symptom Evaluation) antes e após septoplastia associada ou não a cornectomia. Desenho do estudo: Estudo prospectivo observacional. Material e Métodos: Pacientes com desvio do septo nasal completaram a escala NOSE e fizeram o teste TREN, antes e 1, 3 e 6 meses após septoplastia, associada ou não a cornectomia parcial inferior bilateral. Resultados: Cinquenta e sete doentes foram submetidos a cirurgia. Houve uma melhoria do resultado NOSE médio pré-operatório para o resultado NOSE um mês após cirurgia (57,2 vs. 15,9; p<0,0001), mantendo-se aos 3 e 6 meses de seguimento. Avaliando as médias dos resultados NOSE em cada um dos grupos TREN, quer antes (0-30s/69,6; 30-60s/50,5; >60s/40,0; p<0,0001) quer um mês após cirurgia (30-60s/37,5; >60s/12.5; p<0,0001) obtiveram-se diferenças estatisticamente significativas que também se verificaram aos 3 e 6 meses de follow-up. Conclusões: O teste TREN trata-se de um teste simples, rápido e barato, cujos resultados estão relacionados com os resultados NOSE, antes e após a septoplastia, constituindo assim uma medida promissora na avaliação da qualidade de vida relacionada com a obstrução nasal.
- Tuberculose nasofaríngea - A propósito de um caso clínicoPublication . Monteiro, D.; Lino, J.; Cardoso, C.; Ferreira, M.; Almeida-Sousa, C.A tuberculose (TB) é a doença infecciosa mais comum em todo o mundo. Tem várias apresentações possíveis, podendo atingir vários órgãos e inclusive mimetizar outras patologias, incluindo carcinomas. O aparecimento na nasofaringe é raro e o principal sintoma são linfadenopatias cervicais. Descreve-se um caso clínico de um adolescente de 16 anos, cujo diagnóstico de tuberculose nasofaríngea foi dificultado pela localização rara e pela negatividade da maior parte dos exames utilizados para o diagnóstico. O doente foi sujeito a terapêutica com tuberculostáticos durante um período de 9 meses verificando-se uma regressão completa do quadro. Muitas vezes só através da prova terapêutica é possível a atribuição de um diagnóstico definitivo. Em doentes com neoformações na nasofaringe e linfadenopatias cervicais é importante considerar TB como um diagnóstico diferencial.