Browsing by Author "Mota, T.C."
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- Fasceíte necrotizante e síndrome de choque tóxico estreptocócico numa criança com varicelaPublication . Cunha, O.; Mota, T.C.; Lopez, M.G.; Santos, E.; Lisboa, L.; Morgado, H.; Lima, F.F.; Castro, C.; Ribeiro, A.Introdução: A fasceíte necrotizante é uma infecção grave dos tecidos moles, geralmente causada por Streptococcus pyogenes. É uma complicação rara da varicela e o diagnóstico numa fase precoce é pouco frequente. Caso clínico: Apresenta-se o caso clínico de uma criança de oito anos de idade com varicela, complicada de fasceíte necrotizante e síndrome de choque tóxico estreptocócico, que necessitou de procedimentos invasivos e de um internamento prolongado em Unidade de Cuidados Intensivos Pediátrica. Conclusão: Os autores alertam para a importância do diagnóstico precoce das potenciais complicações da varicela, nomeadamente da fasceíte necrotizante, pois a precocidade da actuação é determinante para o seu prognóstico. A fasceíte necrotizante deve ser considerada sempre que uma criança com varicela se apresente com eritema, calor e induração da pele e tecidos moles, associado a uma recorrência da febre ou à sua persistência ao quarto dia após o início do exantema. ABSTRACT Introduction: The necrotizing fasciitis, a severe infection of soft tissues, usually caused by Streptococcus pyogenes, is a rare complication of chickenpox; early diagnosis is uncommon. Case report: We present a case of an eight-year-old child with chickenpox, complicated by a necrotizing fasciitis and streptococcal toxic shock, which required invasive procedures and prolonged hospitalization in an Intensive Care Unit Pediatric. Conclusions: The authors emphasize the importance of the potential complications of chickenpox, particularly the necrotizing fasciitis, as an early diagnosis and intervention are crucial for the outcome. The necrotizing fasciitis should be considered whenever a child with chickenpox presents with erythema, warmth, and induration of the skin and soft tissues, associated with a recurrence of fever or its persistence by the fourth day after the rash onset.
- Síndrome do bebé abanado – experiência de 10 anos de um Serviço de Cuidados Intensivos PediátricosPublication . Lourenço, L.; Silva, M.; Lisboa, L.; Mota, T.C.; Ribeiro, A.Introdução: O Síndrome do Bebé Abanado é uma das causas de lesão não acidental mais difíceis de diagnosticar. Objetivos: Caracterizar os doentes internados no Serviço de Cuidados Intensivos Pediátricos (SCIP) com Síndrome do Bebé Abanado. Material e Métodos: Estudo retrospetivo dos doentes internados no SCIP do Centro Hospitalar de São João com o diagnóstico de Síndrome de Bebé Abanado de 1 de Janeiro de 1999 a 31 de Dezembro de 2009. Resultados: Foram internadas oito crianças com diagnóstico de Síndrome do Bebé Abanado. A média de idades foi de 4,1 meses e cinco doentes eram do sexo masculino. Um caso apresentava história de traumatismo. O motivo de recurso aos cuidados de saúde mais frequente foram as crises convulsivas com paragem respiratória/cardiorrespiratória (50%). Verificou-se hemorragias retinianas bilaterais em 6 doentes (75%). Em todos a tomografia a axial computorizada cerebral mostrou hematomas subdurais. Sete doentes (87,5%) necessitaram de ventilação mecânica e cinco (62,5%) de suporte inotrópico. O tempo médio de internamento no SCIP foi de 5,25 dias (1-11 dias). Verificou-se um óbito. Verificou-se uma hemiparésia transitória num doente. Três casos apresentaram uma epilepsia de novo e défices na acuidade visual ou auditiva e num caso houve perda das aquisições prévias com um atraso moderado a severo do desenvolvimento psicomotor. Conclusão: O Síndrome do Bebé Abanado resultou, na nossa série, em elevada morbilidade com a presença de sequelas a longo prazo em cinco doentes (62,5%) compatíveis com os dados publicados em outras séries. A mortalidade encontrada foi inferior à apresentada em estudos anteriores (12,5%). A presença de história traumática só foi referida num caso e, apesar de todos terem apresentado hematomas subdurais, 25% dos casos não tinham hemorragias retinianas. A apresentação clínica foi muito grave na grande maioria dos casos, sendo fundamental um elevado grau de suspeição.