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- Anomalias congénitas gastrintestinais e da parede abdominalPublication . Rocha, G.; Pinto, S.; Pinto, J.; Monteiro, J.; Guedes, M.RESUMO Introdução: as anomalias congénitas gastrintestinal e da parede abdominal anterior constituem um grupo frequente de patologias em cuidados intensivos, sendo responsáveis por elevadas morbilidade e mortalidade neonatais. Objectivos: caracterização e avaliação da importância destas anomalias numa unidade de cuidados intensivos neonatais. Material e métodos: estudo retrospectivo das referidas anomalias congénitas, diagnosticadas em 142 recém-nascidos admitidos na Unidade de Cuidados Intensivos do Serviço de Neonatologia do Hospital de São João, entre 1 de Janeiro de 1997 e 31 de Dezembro de 2001. Resultados: a amostra estudada, 106 casos de anomalia gastrintestinal e 36 de defeito da parede abdominal anterior, representou 5% (142/2717) do total de admissões da unidade e 25% (142/566) de todos os recém-nascidos com anomalia(s) congénita(s). A anomalia congénita "per si" foi o motivo do internamento em 123 (87%) casos. Foram identificados possíveis factores de risco em oito (6%) casos e o diagnóstico pré-natal correcto foi efectuado em 37 (26%) casos.Em nove (6%) casos verificou-se associação a anomalia cromossómica. Foram também, identificados dois síndromas, três casos de associação VATER e uma sequência malformativa. O tempo de internamento médio foi de 17,6 dias. Faleceram nove (6%) recém-nascidos. Conclusões: as anomalias congénitas gastrintestinais e da parede abdominal representam um grupo de patologias com importância significativa numa unidade de cuidados intensivos neonatais, não apenas pelas elevadas frequência, morbilidade e mortalidade, mas também pela complexidade de alguns casos exigindo apoio multidisciplinar. O diagnóstico pré-natal é de fundamental importância, permitindo propor, nalguns casos, a interrupção da gestação ou orientar o parto para centros com cuidados perinatais diferenciados.ABSTRACT Introduction: congenital anomalies of the gastrointestinal tract and anterior abdominal wall, a frequently observed group of diseases in neonatal intensive care units, contribute to high morbidity and mortality among newborn infants. Objectives: to characterize and estimate the contribution of these anomalies to the admission to a neonatal intensive care unit. Population and methods:a retrospective chart review was carried out in 142 newborns, presenting with congenital anomalies of the gastrointestinal tract or anterior abdominal wall, admitted to Hospital de São João Neonatal Intensive Care Unit, between 01/01/97 and 31/ 12/01. Results: a total of 106 gastrointestinal and 36 anterior abdominal wall defects were reviewed, representing 5% (142/2717) of the overall admissions and 25% (142/566) of the newborns presenting with a congenital anomaly. The anomaly was directly related to the hospitalization in 123 (87%) of the cases. Possible risk factors were identified in eight (6%) newborns and correct prenatal diagnosis was carried out in 37 (26%) pregnancies. Nine (6%) cases were associated with a chromosomal anomaly. Two syndromes, three VATER association and a sequence were identified. Mean hospitalization length was 17,6 days and nine (6%) newborns died. Conclusions: congenital anomalies of the gastrointestinal tract and anterior abdominal wall represent a group of diseases of great concern in neonatology, not only because of their frequency, morbidity and mortality rates, but also because of the complexity of some cases, imposing a multidisciplinary approach. Prenatal diagnosis is of great importance, making pregnancy interruption possible in some cases, or to direct births into a secondary or tertiary care center.
- O impacto do risco social num internamento pediátricoPublication . Nascimento, J.; Ferreira, I.; Zilhão, C.; Pinto, S.; Ferreira, C.; Caldas, L.; Guedes, M.; Senra, V.Introdução: Os maus tratos a crianças correspondem a qualquer acção ou omissão não acidental, que ameace a sua segurança, dignidade e correcto desenvolvimento biopsicossocial. Pretendeu-se avaliar o seu impacto no internamento de Pediatria. Metodologia: Estudo retrospectivo dos doentes internados no Serviço de Pediatria de um hospital terciário entre 1/10/10 e 30/09/11, sinalizados ao Núcleo Hospitalar de Apoio a Crianças e Jovens em Risco (NHACJR). Foi considerada alta clínica o momento em que o doente já não apresentava critérios clínicos para o internamento. Na avaliação do impacto económico foi considerado o valor do custo diário de assistência hospitalar (85,00€) referido no DR 1ªsérie, de Janeiro de 2009. Resultados: Num total de 1052 internamentos, foi solicitada avaliação ao NHACJR em 4,1% (43) dos episódios. Os lactentes representaram 53,5% das sinalizações. O desemprego verificou-se em 66% dos pais e 37,2% destes tinham completadoo 3º ciclo de ensino básico. O modelo de família nuclear foi identificado em 37,2% dos casos. A presença de indicadores de risco social sem evidência aparente de maus tratos ocorreu em 48,8%. A negligência foi identificada em 39,5% das crianças, seguida dos maus tratos físicos com 6,9%. Quatro internamentos foram por motivos exclusivamente sociais, com um tempo médio de internamento de 10,5 dias. Dez crianças com critérios clínicos de internamento vieram a ter adiamento da alta hospitalar por motivos sociais, com um prolongamento médio do tempo de internamento de 33,2 dias. Neste grupo de catorze casos ocorreram seis infecções nosocomiais, um traumatismo crânio-encefálico e o custo adicional estimado de assistência hospitalar foi de 31.790,00€. Comentários: O impacto das razões sociais no internamento em Pediatria não é negligenciável quer do ponto de vista clínico quer económico. Uma reflexão multidisciplinar sobre a necessidade de maior apoio social na comunidade revela-se necessária, tendo por base os direitos da criança hospitalizada e o contexto socioeconómico actual.
- Infecção por H1N1 num Serviço de PediatriaPublication . Magalhães, J.; Pinho, L.; Mendes, C.; Dias, A.; Zilhão, C.; Garrido, C.; Pinto, S.; Reis, M.G.; Guedes, M.Introdução: A infecção por vírus influenza A H1N1 constituiu a primeira pandemia deste século. Para reduzir a propagação, foram enfatizadas medidas de protecção individual e atendimento e internamento em áreas específicas, com isolamento de gotícula. Objectivos: Avaliar a importância da área de isolamento para casos de suspeita de infecção por H1N1 num Serviço de Pediatria. Caracterização da infecção nos doentes internados. Material e métodos: Consulta do processo clínico, com avaliação segundo parâmetros definidos pela Direcção Geral de Saúde. Tratamento de dados em Microsoft Excel 2007. Resultados: A área de isolamento teve oito camas, com 36% de ocupação. Dos 28 doentes internados, 82% tinham indicação para investigação, positiva em 54%. Foi feita pesquisa a 25 doentes fora do isolamento, positiva em 12%. Não ocorreu infecção nosocomial. Houve 23 casos, 74% de 16 de Novembro a 6 de Dezembro de 2009. A idade variou entre seis semanas e 16 anos, com mediana de um ano. A febre foi constante, tosse, rinorreia e vómitos foram frequentes. Os motivos de internamento foram febre em pequeno lactente, intolerância oral e hipoxemia. A terapêutica antiviral foi instituída em 13 doentes, com uma resistência. Em sete dos casos ocorreram complicações: pneumonia bacteriana provável (cinco), convulsão febril e abcessos esplénicos. Conclusões: As medidas foram eficazes. A área foi sobredimensionada. Relativamente à pandemia, existem essencialmente dados de organizações governamentais. Parece importante confrontar resultados para definir estratégias para uma futura epidemia. ABSTRACT Introduction: The influenza A H1N1 infection was the first pandemic in this century. To reduce the transmission, personal protection measures were emphasized and clinical observation and impatient care took place in specific areas, with respiratory droplet isolation. Objectives: To evaluate the importance of an isolation area for children admitted to a pediatic ward with suspected H1N1 infection. To characterize of the infection in hospitalized patients. Material and methods: Clinical files’ review. Evaluation according to parameters set by National Health Authority review using Microsoft Excel 2007. Results: The isolation area had eight beds, and 36% occupancy. Of 28 inpatients, 82% met criteria for investigation, positive in 54%. Investigation was done on 25 patients out of isolation, positive in 12%. Nosocomial infection did not occur. There were 23 cases, age ranged from six weeks to 16 years, 74% from November 16th to December 6th. Fever was always present, cough, coryza and vomiting were common. The reasons for hospitalization were fever in small infants, oral intolerance and hypoxemia. The antiviral therapy was instituted in 13 patients, with one resistance. Seven of the patients with H1N1 infection had complications: probable bacterial pneumonia (five), febrile convulsions and splenic abscesses. Conclusions: The protective measures were effective. The area was oversized. With regard to the pandemic, there is basically data from government organizations. It seems important to compare results to define strategies for a future epidemic.