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- Caso electroencefalográfico: Síndroma de PanayiotopoulosPublication . Aires, S.; Carvalho, J.; Chorão, R.Introdução: O Síndrome de Panayiotopoulos é a segunda epilepsia focal idiopática infantil mais comum, com um pico de incidência aos 4-5 anos. A sua incidência é subestimada devido às manifestações clínicas atípicas, caracterizando-se por crises com predomínio de sintomas autonómicos. Caso clínico: Descreve-se um caso clássico de Síndrome de Panayiotopoulos, com crises recorrentes, com boa resposta à terapêutica antiepiléptica e remissão após alguns anos. Conclusão: Salienta-se a importância da suspeição clínica deste síndrome epiléptico e a utilidade do registo electroencefalográfico que inclua um período de sono. Na maioria dos casos o prognóstico é bom, apesar de ser necessário manter o tratamento por um período de tempo variável.
- Transferências Inter-Hospitalares de Adolescentes a partir de uma Urgência PediátricaPublication . Arriaga, C.; Jerónimo, M.; Luz, A.; Moleiro, P.Introdução: A Rede de Referenciação Materno-Infantil, estabelecida em Portugal desde 2001, permite uma complementaridade no atendimento e apoio entre unidades prestadoras de cuidados, garantindo o acesso universal aos cuidados de saúde. Objetivo: Caraterização das transferências inter-hospitalares de adolescentes a partir da Urgência Pediátrica (UP) de um hospital de tipologia B1. Material e Métodos: Estudo retrospetivo analítico. Consultaram-se os registos dos episódios de urgência dos adolescentes transferidos da UP, em 2011. Definiram-se e compararam-se dois grupos etários: dos 10 aos 14 anos (G1) e dos 15 aos 18 anos (G2), caraterizando as transferências quanto à demografia, diagnóstico, exames complementares e motivo de transferência. A análise estatística foi efetuada com recurso ao programa PASW 18.0® (p<0,05). Resultados: Registaram-se 43.409 admissões na UP, sendo que 24,2% (n=10.498) eram adolescentes, com idade média de 14,5 (±2,1) anos, sendo 67% do sexo masculino. Foram transferidos 1,2% (n=131) dos adolescentes, correspondendo a 46% do total de transferências. Dos adolescentes admitidos, 65,8% pertenciam ao G1 e dos transferidos 57,3 % pertenciam ao G2 (p< 0,001). Nos transferidos, registou-se patologia traumática em 45%, médica em 37,4% e cirúrgica em 17,6%. Os principais diagnósticos de saída pertenciam a patologia otorrinolaringológica (ORL), urológica e psiquiátrica. Realizaram-se exames complementares de diagnóstico em 42,7%, 82,1% dos quais imagiológicos. A falta de especialidades, em regime de urgência, no hospital de origem foi o motivo de transferência em 90,8%, e a especialidade em falta foi cirúrgica em 72,2%. A patologia psiquiátrica foi mais frequentemente diagnóstico de saída no G2 (22,7% versus 9,1%, p=0,037). Dos adolescentes transferidos para o hospital de nível A1 ficaram Internados 28,2%. Conclusões: Embora totalizando um quarto do movimento da UP, os adolescentes representaram uma importante percentagem de transferências, predominantemente os mais velhos. Transferiram-se maioritariamente por falta de especialidades na UP, nomeadamente ORL e Pedopsiquiatria.
- Esofagite herpética: um diagnóstico a não esquecerPublication . Pinheiro, M.; Raposo, F.; Carneiro, A.; Veiga, M.; Lopes, L.; Araújo, A.; Martinho, I.Introdução: A esofagite herpética é uma doença frequente em doentes imunodeprimidos, sendo raros os casos descritos em indivíduos imunocompetentes. Caso clínico: Os autores descrevem o caso de uma adolescente, admitida no serviço de urgência com febre, odinofagia, disfagia para líquidos e sólidos e dor retroesternal, com três dias de evolução. Realizou endoscopia digestiva alta, que revelou erosões lineares e redondas no terço inferior do esófago. O estudo anatomo-patológico das biópsias realizadas foi sugestivo de esofagite herpética. Conclusão: A esofagite herpética é uma doença frequentemente subdiagnosticada na criança e adolescente imunocompetentes, pelo que não deve ser esquecida. O diagnóstico definitivo depende da realização de endoscopia digestiva alta com colheita tecidular. Habitualmente é autolimitada e o tratamento é de suporte. A utilização do aciclovir é controversa, mas o seu início precoce parece encurtar a duração da doença.
- Criança com múltiplas equimoses… Serão maus tratos?Publication . Marcos, S.; Valério, M.; Vilhena, M.Caso clínico: Os maus tratos infantis são um problema de saúde pública que pode, em algumas situações, ser mimetizado por patologia da hemóstase. Pretende-se alertar para esta problemática através da descrição do caso clínico de uma criança com quadro de discrasia hemorrágica (equimoses dispersas), em que se levantou a suspeita de abuso físico. Da avaliação realizada, incluindo o estudo da coagulação, conclui-se tratar--se de Doença de von Willebrand tipo I grave, não se tendo provado disfunção social. Comentários: Perante uma suspeita de maus tratos baseada em sinais de discrasia é absolutamente necessário excluir uma alteração da hemostase. A avaliação laboratorial deve ter em conta a história pessoal e familiar de discrasia, as alterações do exame objetivo e a prevalência das patologias. A confirmação diagnóstica de uma patologia da hemóstase não exclui, contudo, um mau trato físico concomitante devendo ser mantida a vigilância da situação social
- Procedimento intraparto extra-uterino (EXIT) num caso de linfangiona cervicalPublication . Ribeiro, F.; Fernandes, P.; Henriques, R.; Afonso, E.; Castro, O.; Ramalho, R.Introdução: Fetos com diagnóstico pré-natal de malformações anatómicas envolvendo a face e/ou o pescoço estão em risco de obstrução das vias aéreas desde o pós-natal imediato. A programação de medidas periparto que previnam a compressão das vias aéreas, mantendo uma adequada circulação fetal, é fundamental no prognóstico. Caso Clínico: Feto com diagnóstico ecográfico, às 31 semanas de gestação, de volumosa massa cervical e facial, compatível com linfangioma quístico. O caso foi discutido em equipa multidisciplinar, tendo sido decidida a realização de cesariana associada ao procedimento EXIT às 39 semanas de gestação. Após exteriorização do polo cefálico, foi confirmada massa cervical e facial direita, sendo o feto sujeito a intubação oro-traqueal no primeiro minuto. Ao sexto dia de vida foi submetido a cirurgia, com excisão parcial da massa. Conclusão: O procedimento EXIT permite a manutenção de uma adequada oxigenação fetal enquanto se estabelece uma via aérea patente. Uma adequada coordenação da equipa multidisciplinar é fundamental para o êxito da técnica
- Acalásia na adolescência – dois casosPublication . Silva, I.; Morais, R.; Ferreira, P.; Cunha, F.Introdução: A acalásia é uma doença rara, particularmente em idade pediátrica. Caracteriza-se por aperistaltismo do esófago e inadequado relaxamento do esfíncter esofágico inferior. A sua etiologia está ainda pouco esclarecida. Casos clínicos: Descrevem-se dois adolescentes com disfagia para sólidos e líquidos, vómitos, perda ponderal e tosse noturna, durante vários meses. Inicialmente foi considerada a hipótese de doença do comportamento alimentar, mas a investigação posterior levou ao diagnóstico de acalásia confirmado por manometria esofágica num caso e por biópsia intraoperatória no outro. Foram submetidos a miotomia de Heller com procedimento antirrefluxo, um por laparoscopia e outro por laparotomia, com evolução favorável. Discussão/conclusões: Destacamos a raridade e desafio diagnóstico destes casos. A sintomatologia inespecífica leva frequentemente ao diagnóstico de doença do comportamento alimentar, protelando o tratamento dirigido. Na persistência de sintomas é mandatório considerar a hipótese de acalásia, sendo a manometria esofágica o exame diagnóstico de escolha. O tratamento de eleição é cirúrgico, salientando-se a eficácia das diferentes técnicas aplicadas.
- Preterm infants under 27 weeks gestational age: outcomes in a tertiary hospitalPublication . Sá, M.; Fonte, M.; Carvalho, C.; Soares, P.; Almeida, A.; Januário, A.; Gouveia, S.; Saraiva, J.Introduction: Over the last decades, survival of extremely preterm infants improved but there´s still significant morbidity among this group. We pretend to evaluate if specific attitudes/characteristics are associated with higher survival or survival without severe disabilities and elaborate predicting outcome models. Material and Methods: Observational descriptive study, including the 205 liveborn/stillborn infants -gestational age 22w0d-26w6d- born at an Obstetrics Unit or transferred to a Neonatology Unit of a Level III Hospital, from January-2000 to December-2009. We collected variables related to management in the prenatal/neonatal period, neonate performances and psychomotor development (18-24 months). Significant associations between variables/outcomes were identified by chi-square test or t-test; multivariate logistic regression models were used to describe and predict mortality/morbidity. Results: Advanced Gestational Age (GA) (p=0.001), antenatal corticotherapy(p=0.001), cesarean section(p=0.001), inborn delivery(p=0.021) and increased weight(p=0.001) were associated with survival. Absence of Intraventricular Hemorrhage (IVH) grade 3-4(p=0.001) and absence of Periventricular Leukomalacia (PVL) (p=0.005) were associated with survival without severe neurossensorial deficit. According to multivariable models, advanced GA (OR=0.353,CI95% 0.208-0.599), increased weight (OR=0.996,CI95% 0.993-0.999) and antenatal corticotherapy (OR=0.150,CI95% 0.044-0.510) were associated with lower mortality risk. Rupture of membranes less than 12 h duration was associated with higher mortality risk (OR=3.88,CI95% 1.406-10.680). IVH grades 3-4 was associated with higher morbidity risk (OR=16.931,CI95% 2.744-104.452). Mortality and severe morbidity models predicted correctly the outcome in 78.1% and 85.7% of the cases, respectively. Conclusions: Mortality/morbidity models might be valuable tools providing insight in the prediction of the outcome of these neonates and helping parental counseling.
- Ambiente de sono seguro no primeiro ano de vidaPublication . Azevedo, L.; Mota, L.; Machado, A.Introdução: A maioria dos cuidados antecipatórios relativos à promoção de um ambiente de sono seguro estão relacionados com a prevenção do Síndrome da Morte Súbita do Latente. Na atualidade, esconhece-se até que ponto as medidas preventivas recomendadas são praticadas pelos progenitores. Objetivos: Caracterizar os comportamentos maternos relacionados com a promoção de um ambiente de sono seguro durante o primeiro ano de vida. Material e Métodos: Foi realizado um estudo observacional, descritivo e transversal, com uma amostra de conveniência constituída pelas mães de crianças com idade inferior ou igual a 12 meses, com consulta entre 01.09.2012 e 30.12.2012. Os dados foram recolhidos através da aplicação de um questionário anónimo, para auto preenchimento pelas mães, e procedeu-se à análise estatística descritiva. Resultados: Obtiveram-se 89 questionários; 38.2% das inquiridas optaram preferencialmente pelo decúbito dorsal para colocar a criança a dormir e, das 58.4% que optaram pelo decúbito lateral 75.0% fizeram-no por considerarem ser a posição mais segura; 89.9% das inquiridas referiram colocar a criança a dormir no mesmo quarto dos pais, sendo que 68.5% afirmaram terem adormecido com a criança na sua cama pelo menos uma vez, enumerando como principais motivos: para acalmar a criança (60.7%) e/ou maior comodidade na amamentação (31.1%). Discussão e Conclusão: Apesar das limitações próprias do estudo, constatou-se uma baixa adesão das inquiridas às recomendações atuais relacionadas com a promoção de um ambiente de sono seguro pelo que é importante que os profissionais de saúde abordem esta temática, alertando os pais para os riscos e benefícios inerentes às suas práticas.