DI - Artigos publicados em revistas não indexadas na Medline
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- Tratamento com inibidores do tnf-alfa em doentes com infecção prévia por vírus da hepatite b – estarão estes doentes em risco de reactivar a doença?Publication . Torres, T.; Nery, F.; Selores, M.Estima-se que cerca de 2 mil milhões de pessoas estejam infectados pelo vírus da hepatite B (VHB) e que mais de 350 milhões sejam portadores crónicos. Os doentes que apresentam anticorpos para o antigénio core (Ac anti-HBc) com negatividade para antigénio de superfície (AgHBs), não têm hepatite crónica, mas contactaram com o vírus no passado. Este estado serológico corresponde, na maioria das vezes, a uma eliminação vírica completa. Contudo, um subgrupo de doentes poderá apresentar ADN-VHB hepático detectável, definindo um estado de por- tador oculto. A reactivação do VHB é uma complicação descrita desde há vários anos em doentes submetidos a transplantes de medula óssea e quimioterapia para tratamento de neoplasias. Esta reactivação ocorre principalmente em doentes com hepatite B crónica (AgHBs+), mas foi igualmente descrita em doentes previamente infectados pelo VHB, que aparentemente teriam eliminado o vírus. Este risco de reactivação da replicação do VHB em doentes com hepatite B crónica (AgHBs+) submetidos a terapêutica anti-TNF-α está igualmente bem estabelecido, contudo, a informa- ção relativamente ao uso destes fármacos em doentes Ac anti-HBc+/AgHBS- é muito mais escassa. Recentemente, identificou-se uma taxa de reactivação do VHB em doentes Ac anti-HBc+/AgHBs- tratados com agentes anti-TNF-α de 5%, demonstrando que, apesar de baixo, este risco é real. Desde o final de 2010 que todos os doentes do Serviço de Dermatologia do Centro Hospitalar do Porto – Hospital de Santo António (CHP-HSA) que iniciam terapêutica biológica para o tratamento de psoríase/artrite psoriática e que apresentam positividade para o Ac anti-HBc são também observados em consulta de Medicina Interna/Hepatologia do CHP-HSA no sentido de estabelecer da existência de doença hepática crónica, e de verificar se existe indicação para o início de terapêutica profilática anti-viral. Com este artigo, os autores pretendem alertar para a necessidade de rastreio obrigatório do VHB em todos os do- entes que vão iniciar terapêutica biológica com inibidores TNF-α, situação relativamente consensual na comunidade científica, mas especialmente para a necessidade de vigilância e monitorização apertada dos doentes com potencial infecção oculta pelo VHB, pelo risco possível de reactivação do mesmo.
- Sepsis por Clostridium Septicum em Criança com Neutropenia Auto-imunePublication . Castillo, M.; Marques, L.; Mesquita, A.; Morais, L.; Senra, V.RESUMO Os autores apresentam o caso clínico de uma criança de sete anos de idade com neutropenia autoimune severa e crónica, refractária à terapêutica, que deu entrada em choque séptico associado a lesões inflamatórias flictenulares perianais. Foi instituída terapêutica antibiótica de largo espectro com cobertura para anaeróbios associada a Imunoglobulina endovenosa em doses elevadas e Filgastrim. A criança manteve instabilidade hemodinamica nas primeiras 72 horas, com evolução favorável posterior. As lesões perianais evoluíram com mionecrose e formação de escaras necessitando de limpeza cirúrgica repetida, enxerto cutâneo e colostomia de protecção. Nas hemoculturas foi isolado Clostridium Septicum. A evolução subsequente foi favorável. Efectuada reconstituição do trânsito com recuperação da continência anal. Actualmente a criança tem dez anos de idade, mantém valores normais de neutrófilos sob terapêutica com Filgastrim e não voltou a ter intercorrências infecciosas. A infecção por Clostridium Septicum é muito rara na criança e ocorre caracteristicamente associada a neutropenia cíclica ou induzida pela quimioterapia, não tendo sido encontrada descrição no contexto de uma neutropenia autoimune na literatura consultada. A taxa de mortalidade é elevada (80%) e a sobrevivência depende da precocidade do diagnóstico e duma terapêutica médica e cirúrgica adequada. ABSTRACT The authors present the clinical case of a seven years old boy suffering a severe and chronic autoimmune neutropenia, resistant to therapy, who was admitted with a septic shock associated to perianal inflammatory lesions. Broad spectrum antibiotherapy associated to high dose of intravenous Immunoglobulin and Filgastrim ware instituted. The child was hemodinamically unstable for the first 72 hours, with subsequent favourable clinical evolution. The perianal lesions evolved to myonecrosis needing repeated surgical intervention to remove necrotic tissues, skin graft and protection colostomy. Clostridium Septicum was isolated from blood cultures. Subsequent evolution was favourable. The colostomy was closed and anal continence was recovered. For the last three years the child maintained normal neutrophil level under filgastrim therapy and had no further infections. Clostridium Septicum infection is rare in children. Neutropenic patients are at a particular high risk for this infection. The authors did not find reports of Clostridium Septicum infection in association with autoimmune neutropenia in the literature reviewed. It is described in patients with cyclic neutropenia or with chemotherapy-induced neutropenia. The mortality rate is high (80%) and survival depends on early diagnosis and appropriate surgical and medical treatment.
- Quisto Porencefálico após Hemorragia Intracraniana: Evolução Imagiológica pré e pós-natalPublication . Cunha, A.; Mendes, M.; Ramos, C.; Nogueira, R.; Martins, M.; Veloso, P.; Mendes, R.RESUMO A infecção por Citomegalovírus (CMV) é a infecçâo congénita mais frequente. As manifestações clínicas são variáveis e multisistémicas. Do envolvimento do sistema nervoso central (SNC) podem resultar microcefalia, calcificações e, mais raramente, hidranencefalia e porencefalia por destruição do tecido cerebral. Estes achados são geralmente de diagnóstico tardio em Diagnóstico Pré Natal (DPN) com manifestações ecográficas muitas vezes inespecíficas. Os autores descrevem os aspectos imagiológicos ultrasonográficos no período fetal, neonatal, e tomográfico pósnatal num caso de hemorragia parenquimatosa cerebral com evolução para quisto porencefálico por provável infecção por citomegalovirus. Este caso mostra que achados ecográficos inespecíficos pré-natais numa paciente de alto risco têm um valor preditivo alto para infecção fetal por citomegalovirus e também podem ter significado prognóstico. ABSTRACT CMV is the most common congenital infection. Clinical manifestations can be multiple and affect different organs. Microcephaly, intracranial calcifications and less frequently hydranencephaly and porencephaly can be a consequence of cerebral involvement. These anomalies are generally diagnosed late in pregnancy after prenatal sonographic signs of little sensitivity. In this report, we describe the prenatal and neonatal images of cerebral hemorrhage and porencephaly, presumed secondary to intrauterine cytomegalovirus infection.This case shows that subtle ultrasound findings in a high risk pregnant woman may be predictive of sequelae in infected fetuses.