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Advisor(s)
Abstract(s)
Objectivos: Caracterizar os casos
de meningite quanto à sua etiologia,
tratamento e evolução.
Doentes e Métodos: Estudo multicêntrico,
descritivo, retrospectivo (1 de
Janeiro de 2000 a 28 de Fevereiro de
2003) e prospectivo (1 de Março a 31 de
Julho de 2003) dos casos de meningite
ocorridos em crianças com idades compreendidas
entre 1 mês e 10 anos,
inclusive.
Resultados: Participaram neste
estudo 17 hospitais das zonas norte e
centro de Portugal. Foram incluídos 876
casos (802 do ramo retrospectivo).
Registaram-se 110 casos de meningite
bacteriana e 111 de meningite vírica
(sendo as restantes assépticas ou decapitadas).
O agente mais frequente de
meningite bacteriana foi o meningococo
seguido pelo pneumococo. A generalidade
dos casos foi medicada com uma
cefalosporina de 3ª geração isoladamente,
verificando-se um elevado nº de
crianças tratadas com dexametasona
(62%) e restrição hídrica (36%). Registaram-
se 18 casos de complicações agudas,
2 óbitos e sequelas permanentes
em 8 crianças. Em todos as meningites
víricas foi identificado um enterovírus.
Foram detectadas diferenças estatisticamente
significativas (p<0,05) entre estes
dois grupos (víricas vs bacterianas) em
relação à idade (<5 e ≥5 anos) à febre
(< 39,5 e ≥ 39,5ºC) e aos parâmetros
laboratoriais (contagem de leucócitos e
neutrófilos no sangue, PCR, contagem
de leucócitos e neutrófilos no LCR e
proteinorráquia).
Conclusões: A epidemiologia dos
casos esteve de acordo com o esperado,
bem como a escolha da terapêutica
empírica e a evolução. Em relação à
terapêutica adjuvante, a utilização de
dexametasona e o recurso à restrição
hídrica deverão ser repensadas.
Description
Keywords
meningite crianças protocolos dexametasona restrição hídrica
Citation
Nascer e Crescer 2003; 12 (4): S299-S308
Publisher
Revista Nascer e Crescer