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Actualidades na alimentação - alimentação no prematuro

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Os progressos tecnológicos desenvolvidos nas últimas décadas têm permitido uma considerável melhoria na sobrevida de recém-nascidos cada vez mais pequenos e imaturos. A necessidade de providenciar uma nutrição adequada a esta população de pequenos e frágeis recém-nascidos tem também resultado num aumento das estratégias nutricionais disponíveis, com o aparecimento de suplementos para o leite materno, melhoria da composição das fórmulas para recém-nascidos de prétermo/baixo peso ao nascimento e disponibilidade de soluções para alimentação parentérica. Contudo, apesar destes avanços científi cos, o crescimento pós-natal dos recém-nascidos prematuros continua sub-óptimo. E qual deverá ser considerado o crescimento extrauterino ideal para um feto nascido prematuramente? A Academia Americana de Pediatria recomenda que seja fornecido ao prematuro um aporte de nutrientes que lhe permita um crescimento pósnatal, em termos antropométricos e de composição corporal, semelhante ao de um feto normal, da mesma idade pós-menstrual, crescendo in utero. Contudo, o consumo energético e de nutrientes imposto pela permanência na Unidade de Cuidados Intensivos e pelas complicações dela resultantes é claramente diferente das necessidades para o crescimento durante a vida intrauterina. O crescimento “ao ritmo fetal”, ainda que pareça um objectivo razoável, será portanto dificilmente atingido, pelo que deverá antes ser encarado como uma orientação. Além disso, o aporte energético e de nutrientes fornecido aos recém-nascidos de pré-termo, sobretudo aos de muito baixo peso, é, na maior parte dos casos, insuficiente para que atinjam uma velocidade de crescimento fetal normal, o que leva ao estabelecimento de uma restrição de crescimento pósnatal durante o internamento. A subnutrição, sobretudo proteica, em estadios críticos do desenvolvimento (pré ou pós-natal), tem comprovadas consequências a longo prazo, nomeadamente hipertensão, diabetes, baixa estatura e alterações do neurodesenvolvimento. Por outro lado, também o crescimento acelerado, pré ou pós-natal (“catch-up growth”) leva a complicações tardias, como a obesidade, resistência à insulina e diabetes. É portanto essencial desenvolver estratégias alimentares que permitam um crescimento pósnatal adequado, com uma menor perda ponderal pós-natal e uma recuperação mais precoce do peso ao nascimento, evitando assim quer a restrição de crescimento inicial, quer a subsequente rápida velocidade de crescimento (“catch-up growth”).

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Nascer e Crescer 2009; 18(3): 195-198

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Nascer e Crescer

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