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Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
RESUMO
O Síndrome de Choque Hemorrágico
e Encefalopatia (SCHE) é uma
condição catastrófica, de início agudo,
de carácter multissistémico, cuja etiopatogénese
é provavelmente multifactorial.
A hiperpirexia parece ter um papel central
na sua patofisiologia. A complexidade
sintomática e a ausência de um marcador
patognomónico impõe o diagnóstico
diferencial com outras entidades clínicas.
O prognóstico é na maioria fatal ou com
sequelas neurológicas graves, existindo
contudo casos com evolução favorável.
Objectivo: Análise retrospectiva de
casos clínicos. Caracterização clínica,
laboratorial e neurorradiológica deste síndrome.
Reflexão sobre factores prognósticos.
Material e métodos: Estudo retrospectivo
de casos clínicos internados e
seguidos no Serviço de Pediatria do Hospital
Geral de Santo António durante 9
anos (entre 1992 e 2001) com avaliação
de variáveis clínicas, laboratoriais, neuroimagem,
e sua evolução.
Resultados: No período de tempo
referido foram internados no Serviço de
Cuidados Intensivos Pediátricos 3 lactentes
com diagnóstico definitivo de SCHE
(média de idade = 80 dias). Todos apresentaram
pródromo respiratório, hiperpirexia
à admissão e um início catastrófico
de encefalopatia epileptogénica, com
evolução para estado de mal epiléptico
(n=2) ou coma (n=1), associado a choque
e envolvimento multiorgão. Os estudos
laboratoriais evidenciaram alteração
hematológica, das funções renal e hepática com normalização gradual. A TAC
cerebral evidenciou áreas difusas de
hipodensidade cortical, hemorragia
parenquimatosa (n=1) e instalação de
atrofia cerebral. Os estudos culturais
foram negativos em todos os casos. O
tratamento instituído constou de medidas
de suporte intensivistas. A taxa de mortalidade
foi nula, com sequelas neurológicas
severas em 2 casos: tetraparésia espástica
e microcefalia (n=2), epilepsia de
difícil controlo (n=2) e cegueira cortical
(n=1). Um caso evoluiu favoravelmente
com remissão completa os sinais e
sintomas.
Discussão: O SCHE assenta em
critérios diagnósticos definidos, com um
espectro clinico e laboratorial amplo.
Factores prognósticos prováveis apontam
para o SNC como orgão-alvo com
morbilidade e mortalidade severas. Os
autores pretendem com a sua experiência
reflectir sobre esta entidade clínica,
conscientes de que no futuro, mais estudos
poderão complementar e esclarecer
controvérsias existentes, melhorando
desta forma a actuação global. O SCHE
é uma emergência médica de abordagem
intensivista, impondo alto índice de
suspeita clínica. com normalização gradual. A TAC
cerebral evidenciou áreas difusas de
hipodensidade cortical, hemorragia
parenquimatosa (n=1) e instalação de
atrofia cerebral. Os estudos culturais
foram negativos em todos os casos. O
tratamento instituído constou de medidas
de suporte intensivistas. A taxa de mortalidade
foi nula, com sequelas neurológicas
severas em 2 casos: tetraparésia espástica
e microcefalia (n=2), epilepsia de
difícil controlo (n=2) e cegueira cortical
(n=1). Um caso evoluiu favoravelmente
com remissão completa os sinais e
sintomas.
Discussão: O SCHE assenta em
critérios diagnósticos definidos, com um
espectro clinico e laboratorial amplo.
Factores prognósticos prováveis apontam
para o SNC como orgão-alvo com
morbilidade e mortalidade severas. Os
autores pretendem com a sua experiência
reflectir sobre esta entidade clínica,
conscientes de que no futuro, mais estudos
poderão complementar e esclarecer
controvérsias existentes, melhorando
desta forma a actuação global. O SCHE
é uma emergência médica de abordagem
intensivista, impondo alto índice de
suspeita clínica.com normalização gradual. A TAC
cerebral evidenciou áreas difusas de
hipodensidade cortical, hemorragia
parenquimatosa (n=1) e instalação de
atrofia cerebral. Os estudos culturais
foram negativos em todos os casos. O
tratamento instituído constou de medidas
de suporte intensivistas. A taxa de mortalidade
foi nula, com sequelas neurológicas
severas em 2 casos: tetraparésia espástica
e microcefalia (n=2), epilepsia de
difícil controlo (n=2) e cegueira cortical
(n=1). Um caso evoluiu favoravelmente
com remissão completa os sinais e
sintomas.
Discussão: O SCHE assenta em
critérios diagnósticos definidos, com um
espectro clinico e laboratorial amplo.
Factores prognósticos prováveis apontam
para o SNC como orgão-alvo com
morbilidade e mortalidade severas. Os
autores pretendem com a sua experiência
reflectir sobre esta entidade clínica,
conscientes de que no futuro, mais estudos
poderão complementar e esclarecer
controvérsias existentes, melhorando
desta forma a actuação global. O SCHE
é uma emergência médica de abordagem
intensivista, impondo alto índice de
suspeita clínica.com normalização gradual. A TAC
cerebral evidenciou áreas difusas de
hipodensidade cortical, hemorragia
parenquimatosa (n=1) e instalação de
atrofia cerebral. Os estudos culturais
foram negativos em todos os casos. O
tratamento instituído constou de medidas
de suporte intensivistas. A taxa de mortalidade
foi nula, com sequelas neurológicas
severas em 2 casos: tetraparésia espástica
e microcefalia (n=2), epilepsia de
difícil controlo (n=2) e cegueira cortical
(n=1). Um caso evoluiu favoravelmente
com remissão completa os sinais e
sintomas.
Discussão: O SCHE assenta em
critérios diagnósticos definidos, com um
espectro clinico e laboratorial amplo.
Factores prognósticos prováveis apontam
para o SNC como orgão-alvo com
morbilidade e mortalidade severas. Os
autores pretendem com a sua experiência
reflectir sobre esta entidade clínica,
conscientes de que no futuro, mais estudos
poderão complementar e esclarecer
controvérsias existentes, melhorando
desta forma a actuação global. O SCHE
é uma emergência médica de abordagem
intensivista, impondo alto índice de
suspeita clínica.com normalização gradual. A TAC
cerebral evidenciou áreas difusas de
hipodensidade cortical, hemorragia
parenquimatosa (n=1) e instalação de
atrofia cerebral. Os estudos culturais
foram negativos em todos os casos. O
tratamento instituído constou de medidas
de suporte intensivistas. A taxa de mortalidade
foi nula, com sequelas neurológicas
severas em 2 casos: tetraparésia espástica
e microcefalia (n=2), epilepsia de
difícil controlo (n=2) e cegueira cortical
(n=1). Um caso evoluiu favoravelmente
com remissão completa os sinais e
sintomas.
Discussão: O SCHE assenta em
critérios diagnósticos definidos, com um
espectro clinico e laboratorial amplo.
Factores prognósticos prováveis apontam
para o SNC como orgão-alvo com
morbilidade e mortalidade severas. Os
autores pretendem com a sua experiência
reflectir sobre esta entidade clínica,
conscientes de que no futuro, mais estudos
poderão complementar e esclarecer
controvérsias existentes, melhorando
desta forma a actuação global. O SCHE
é uma emergência médica de abordagem
intensivista, impondo alto índice de
suspeita clínica. ABSTRACT
The haemorrhagic shock and
encephalopathy syndrome (HSES) is a
devastating and multisystemic disorder
with acute onset, and unclear
aetiopathogenesis. Hyperpyrexia has
often been mentioned as having a central
role in pathophysiology. Being a
heterogeneous clinical entity, with no
known biological marker, differential
diagnosis is of outmost importance. The
outcome is often fatal with severe
neurological sequelae, but some have
complete recovery. Objective: To assess the clinical, biological and neuroradiological features and potential prognostic markers of case reports with HSES. Patients and Methods: Retrospective
study of children admitted in the
Hospital Geral of Santo António (Oporto-Portugal) between January 1992 and
December 2001) with HSES, analysing:
clinical, biological and neuroradiological
findings; and follow-up.
Results: During this period, three
children met the HSES criteria, with definitive
diagnosis. The ages ranged from
2 to 3,5 months (median: 80 days). All of
them had prodromal respiratory illness,
were febrile and had an abrupt onset of
epileptogenic encephalopathy with secondary
status epilepticus (n=2) or coma
(n=1). All had haemodynamic failure and
multiple organ dysfunction. All had abnormal
biological findings (haematological,
renal and hepatic) with gradual
recovery. Initial cerebral CT scanning
showed cortical diffuse areas of low density,
haemorrhagic lesions (n=1) and brain
atrophy. Bacterial and viral investigations
were negative. All received intensive
treatment and all survived. Neurological
sequelae occurred in 2 patients:
spastic quadriparesia and microcephaly,
epilepsy and cortical blindness. One child
had full recovery.
Comments: The diagnosis of HSES
is based on well-defined criteria in spite
of the wide clinical and laboratorial spectrum.
Prognostic markers suggest that
neuronal cells are the main cellular targets
of the pathological process, with
severe morbidity and mortality. The authors present their experience,
aware that further studies will be
needed to enlighten this controversial
entity and to improve clinical performance.
Description
Keywords
choque hemorrágico encefalopatia febre criança haemorrhagic schock encephalopathy fever child
Citation
Nascer e Crescer 2004; 13 (3): 226-230
Publisher
Revista Nacer e Crescer