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Introdução: A patologia ovárica é rara em idade pediátrica.
Deve, no entanto, ser um diagnóstico a considerar em criança ou
adolescente com dor abdominal, massa pélvica ou irregularidade
menstrual. Os sintomas não são geralmente esclarecedores na
distinção entre massas benignas e malignas e por isso a cirurgia
tem um papel importante, não só no diagnóstico, mas também
no estadiamento e tratamento.
Objectivo: Estudo retrospectivo do tipo de patologia do
ovário referenciada ao Serviço Pediatria do IPO Porto FG de Janeiro
de 2000 a Abril de 2009.
Métodos: Consulta dos processos clínicos com análise da:
idade, apresentação clínica, resultados analíticos e imagiológicos,
diagnóstico histológico, terapêutica, seguimento e patologias
associadas.
Resultados: Durante este período foram admitidas 16
doentes com lesões do ovário, com idades entre os cinco e
15 anos. As manifestações clínicas mais comuns foram a massa
palpável, dor abdominal e irregularidade menstrual. Quatro
apresentavam marcadores tumorais elevados. Duas doentes foram
transferidas de outro hospital, já submetidas a uma primeira
cirurgia. A abordagem inicial variou entre ressecção cirúrgica
(doze) e biópsia por agulha (duas). Duas doentes mantiveram-se em vigilância, com resolução espontânea das lesões quísticas.
Histologicamente identificaram-se seis lesões não neoplásicas
e dez lesões tumorais, sendo a maioria benigna (n=7)
(teratomas maduros). O Síndrome de Mayer-Rokitansk, útero
didelfos, disgenesia gonadal e síndrome do ovário poliquístico,
foram identificados como patologia associada em quatro doentes.
Submeteram-se a tratamento cirúrgico 14 doentes e a quimioterapia
duas doentes.
Conclusão: No nosso estudo predominaram as lesões tumorais
ováricas com necessidade de uma abordagem multidisciplinar
e envolvimento de um centro oncológico pediátrico. ABSTRACT
Introduction: Pediatric ovarian lesions are uncommon.
However they should be ruled out in a patient with abdominal
pain, pelvic mass or menstrual irregularity. The symptoms are
usually not useful in distinguishing between benign and malignant
masses, so surgery has an important role, not only in diagnosis
but also in the staging and treatment. A retrospective study was
made for ovarian lesions that were referred to our Pediatric Oncology
Service of IPO Porto, from January 2000 to April 2009.
Methods: Information about age, clinical presentation, imaging,
analytical results, histological diagnosis, treatment, monitoring
and associated diseases were collected from the patient
clinical process.
Results: During this period sixteen girls were admitted with
ovarian masses, aged between five and fifteen years. The most
common clinical manifestations were a palpable mass, abdominal
pain and menstrual irregularity. Four had elevated tumor markers.
Two patients underwent a previous surgery before admission. The
initial approach was surgical resection in twelve girls and only
two did needle biopsy. Two patients had spontaneous lesions.
Histological analyses identified six non-neoplasic lesions and ten
neoplasic lesions, most benign tumors (mature teratoma). The
Mayer-Rokitansk syndrome, uterus dydelphos, gonadal dysgenesis
and polycystic ovary syndrome were identified as associated
pathology in four patients. Underwent surgical treatment
fourteen patients and chemotherapy two patients.
Conclusions: In our study there was a greater prevalence
of tumoral lesions, needing a multidisciplinary approach, and the
involvement of a Paediatric Oncology Center.
Description
Keywords
idade pediátrica massa ovárica tumor do ovário pediatric ovarian mass ovarian lesions
Citation
Nascer e Crescer 2011; 20(2): 69-72