Name: | Description: | Size: | Format: | |
---|---|---|---|---|
76.89 KB | Adobe PDF |
Advisor(s)
Abstract(s)
Objectivos e concepção do estudo:
Os anti-inflamatórios não esteróides
(AINES) são a segunda causa mais frequente
de reacções de hipersensibilidade
a fármacos tanto em adultos como
em crianças. A suspeita diagnóstica
baseia-se numa relação temporal próxima
entre a administração do fármaco e o
aparecimento de sintomatologia sugestiva,
sobretudo respiratória e/ou cutânea.
O esclarecimento do diagnóstico é de
grande importância pois evita situações
de ansiedade nos doentes e a utilização
desnecessária de fármacos alternativos
menos adequados e mais dispendiosos.
É frequente o recurso à prova de provocação
oral (PPO) com carácter diagnóstico,
devido à ausência de outros meios
auxiliares diagnósticos devidamente
padronizados e validados. Este trabalho
pretende avaliar os resultados e a importância da PPO diagnóstica no estudo de
doentes pediátricos enviados a uma consulta
de Imunoalergologia por suspeita
de hipersensibilidade a AINES.
Material e métodos: Investigámos
24 doentes referenciados à consulta
durante 2005-06 por suspeita de hipersensibilidade
a AINES e avaliámos os
resultados das PPO realizadas e a sua
importância para o esclarecimento diagnóstico.
Resultados e conclusões: Os fármacos
mais frequentemente implicados
foram o ibuprofeno (71%) e o paracetamol
(24%) sendo as reacções cutâneas
as mais frequentes. Quatro doentes não realizaram PPO, um por recusa, um por
história não sugestiva de hipersensibilidade
e dois por comprovada tolerância
posterior ao fármaco suspeito. Entre os
20 que realizaram PPO com o fármaco
suspeito apenas em dois se confirmou o
diagnóstico inicial de hipersensibilidade
(um caso ao ibuprofeno e paracetamol
e noutro ao ácido acetilsalicílico). Estes
doentes realizaram posteriormente testes
de provocação para pesquisa de alternativas
terapêuticas.
A PPO teve um papel fundamental
na avaliação deste grupo de doentes
com suspeita de hipersensibilidade a AINEs
tendo permitido diagnosticar dois casos
de hipersensibilidade (10%) e excluir
a suspeita inicial nos restantes. ABSTRACT
Aim and study concept: Non steroid
anti-inflammatory drugs (NSAID) are
the second most important cause of drug
hypersensitivity reactions in adults and in
children. Symptoms are mostly cutaneous
and/or respiratory and a close temporal
relation with drug administration is suggestive of an etiological association. An
accurate diagnosis is of great importance
since it avoids patient’s anxiety and unnecessary use of less suitable and more
expensive drugs. An oral provocation test
(OPT) is often used to establish the diagnosis since other validated and well standardized diagnostic tests are still lacking.
This study aims to assess the results
and importance of OPT in paediatric patients
with suspected NSAID hypersensitivity
referred to a specialized allergy clinic. Material and Methods: Twenty four
patients referred during 2005-06 with
suspected NSAID hypersensitivity reaction
were investigated. OPT results and
its importance in establishing a diagnosis
were evaluated.
Results and conclusions: The
drugs most often implicated were ibuprofen
(71%), and paracetamol (24%); cutaneous
reactions were the most frequently
found. Four patients were not submitted
to OPT for the following reasons: one refused,
one had a non-suggestive history,
and two had already tolerated the suspected
drug.
From the 20 who underwent OPTs
only in two we confirmed the initial suspicion
of drug hypersensitivity (one to
ibuprofen and paracetamol, the other to
acetyl salicylic acid). These patients were
submitted to further OPTs to find alternative
therapeutic options.
Oral provocation testing was very
useful in the assessment of suspected
NSAID hypersensitivity confirming the
diagnosis in two cases (10%) and excluding
the initial suspicion in the remaining
patients.
Description
Keywords
Reacção de hipersensibilidade anti-inflamatórios não esteróides criança hypersensitivity reactions non steroidal anti-inflammatory drugs children
Citation
Nascer e Crescer 2007; 16(4): 225-229