Browsing by Author "Ferreira, Carla"
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- Anafilaxia e alergia alimentar: O resultado de uma intervenção na comunidadePublication . Ferreira, Helena; Ferreira, Carla; Silva, Armandina; Costa, Alberto; Pedrosa, CláudiaIntrodução e Objectivos: A anafilaxia é uma emergência médica potencialmente fatal quando não tratada, sendo importante a disseminação do conhecimento desta entidade na comunidade. O objectivo deste trabalho foi avaliar os resultados da implementação de uma acção de formação sobre conceitos básicos de alergia alimentar e anafilaxia, dirigida a funcionários de escolas e infantários, pretendendo-se desenvolver a sua capacidade em reconhecer a situação clínica e intervir correcta e precocemente. Métodos: Entre Dezembro de 2013 e Março de 2014 foram visitadas seis instituições frequentadas por crianças seguidas na Consulta de Pediatria por anafilaxia alimentar. Foram recrutados funcionários das instituições e aplicado um questionário antes e depois da sessão teórico-prática sobre alergia alimentar e anafilaxia. Este questionário foi aprovado para ser usado neste projeto pela Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica. Para avaliação da pontuação global dos conhecimentos cada resposta correta foi cotada com um ponto, sendo que a pontuação máxima era de oito pontos. O estudo estatístico incluiu análise descritiva, cálculo de frequências e estudo comparativo através do teste t de Student. O tratamento estatístico foi efetuado com recurso a software estatístico (SPSS Statistics ver- são 20). Resultados: Participaram na formação 77 funcionários, dos quais 51 foram avaliados antes e depois da sessão teórica. Relativamente aos resultados antes da sessão, verificou-se que 98% dos inquiridos sabiam que a anafilaxia é uma emergência médica potencialmente fatal e que mesmo quantidades muito pequenas do alergénio podem provocar uma reação anafilática. Apenas 55% sabia reconhecer os sintomas de uma reação anafilática e o uso adequado do auto injetor da adrenalina, sendo que 24% nunca tinham ouvido falar deste. A pontuação média antes e depois das sessões foi de 6.3/8 e 7.5/8 respetivamente (p<0.001). O reconhecimento dos sintomas e tratamento da anafilaxia foram os tópicos responsáveis pelo maior aumento do score após formação. Todos os participantes se disponibilizaram para receber formações periódicas. Conclusão: Este trabalho demonstrou que metade das pessoas que lidam com crianças com antecedentes de anafilaxia não sabem reconhecer nem atuar perante esta. A formação dos funcionários parece ter tido um impacto positivo na aquisição de noções básicas de alergia alimentar e anafilaxia, uma vez que se verificou um aumento significativo no conhecimento deste tema. Apesar das limitações do estudo dado o tamanho da amostra, a implementação desta formação mostrou ser um instrumento eficaz na capacitação desta população para a abordagem de uma situação, potencialmente fatal. Salienta-se ainda a necessidade deste tipo de intervenção de um modo regular na comunidade.
- Estudo PaSeFi: o que ensinam os pais sobre sexualidade aos seus filhosPublication . Ferreira, Carla; Ferreira, Helena; Alves, Marta; Tavares, Cláudia; Macedo, Liliana; Dias, ÂngelaIntrodução: O desenvolvimento sexual da criança é um processo fisiológico, influenciado pela idade, pelo que vivencia e lhe é ensinado. Assim, quem participa ativamente na sua educação deve estar consciencializado da pertinência do tema. Objetivos: Caracterizar a educação sexual (ES) realizada a crianças de seis e sete anos. Material e métodos: Estudo de base comunitária, observacional e transversal dirigido a pais de crianças com 6/7 anos de idade. Aplicou-se um questionário de autopreenchimento, com questões sociodemográficas e de caracterização da ES das crianças, a partir das quais foi efetuada uma escala com o objetivo de avaliar a envolvência dos pais na ES dos filhos, que foi tanto maior, quanto maior for a cotação obtida (máximo 33). A analise estatística dos dados utilizou o programa informático Statistical Package for the Social Sciences® (SPSS), versão 22.0. Resultados: Obtiveram-se questionários de 127 pais, com idade média de 38 anos e predomínio de respostas maternas. Procuraram obter conhecimentos acerca da sexualidade dos seus filhos apenas 22% dos pais, e destes 1/3 fê-lo junto de um médico. Apesar de 91,2% dos pais referirem sentir-se confortáveis para falar de sexualidade com os seus filhos, 62,9% nunca o fez, principalmente por considerarem ser precoce. Quando abordada, a iniciativa partiu maioritariamente da criança. A reprodução humana e as diferenças entre sexos foram abordadas, exclusivamente em casa, em 55,8% e 35,5% dos casos, respetivamente. Foi iniciativa dos pais a abordagem de comportamentos de exploração do corpo adequados aos domínios público/privado (88,5%) e de comportamentos inadequados por terceiros à exploração do corpo da criança (97%). A cotação média da escala que traduz a ES das crianças e a envolvência parental foi 13,7±5,18, havendo diferença entre a cotação obtida pelas mães (14,5±5,3) e pais (12,6±4,9) (p<0,05). Conclusões: Os resultados evidenciam que os pais não priorizam esta vertente do desenvolvimento infantil, aspeto reiterado pela abordagem pouco frequente de temas relativos à ES no seio familiar, por iniciativa dos pais.
- Provas de provocação oral a fármacos em Pediatria - casuística 2015Publication . Costeira, Mónica André; Sousa, Dinis; Ferreira, Joana; Ferreira, Carla; Silva, Armandina; Santalha, Marta; Alendouro, Paula; Matos, Águeda; Costa, AlbertoIntrodução: A suspeita de alergia a fármacos em idade pediátrica é um motivo frequente de consulta, que contudo raramente se confirma. Desta forma, a prova de provocação oral (PPO) assume um papel significativo na abordagem diagnóstica. Objetivos: Caracterizar a população pediátrica da consulta de um hospital de nível II, que realizou PPO a fármacos, avaliar os fármacos implicados e analisar os casos cujas PPO foram positivas. Material e métodos: Análise retrospetiva dos processos clínicos dos doentes com idade inferior a 18 anos que realizaram PPO a fármacos no período compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2015. Resultados: A amostra incluiu 58 doentes, 53,4% do sexo masculino, sendo a mediana de idades cinco anos. A maioria foi referenciada a partir do serviço de urgência (39,7%) e da consulta externa (36,2%). A amoxicilina foi o fármaco suspeito em 46,6 %, associada com ácido clavulânico em 34,5%. Cerca de 93,1% apresentaram manifestações mucocutâneas, 5,2% gastrointestinais e mucocutâneas e 1,7% respiratórias e mucocutâneas. Em 20,7 % dos casos as manifestações surgiram nas primeiras 24h. As PPO foram positivas em três doentes e os fármacos responsáveis foram a amoxicilina (dois casos) e o ibuprofeno (um caso). Conclusões: Sendo a alergia a fármacos rara em crianças e tendo em conta a sua repercussão na decisão terapêutica em casos de situações infeciosas, é de extrema relevância a referenciação para esclarecimento diagnóstico.
- Quality of life of adolescents with type 1 diabetes mellitusPublication . Vasconcelos, Sofia; Monteiro Cunha, Sara; Rebelo, Alícia; Ferreira, Carla; Meireles, Carla; Dias, ÂngelaIntroduction: Type 1 diabetes mellitus is one of the most common endocrine-metabolic disorders of childhood and adolescence and requires a continuous and rigorous therapeutic approach, with recognized impact on children and adolescents’ quality of life. The purpose of this study was to evaluate the quality of life of adolescents with type 1 diabetes mellitus and its relationship with clinical and laboratory aspects and lifestyle. Material and Methods: DQOL questionnaire was applied to type 1 diabetes mellitus adolescents managed at the Pediatric Diabetology consultation of a level II hospital for more than one year. Questionnaire has a global score between 36 and 180, with higher scores reflecting worse quality of life. Statistical analysis was performed in SPSS®. Results: Seventy-one percent (n=36) of adolescents responded to the survey, 55.6% of which male, with a median age of 15 years. Median DQOL global score was 66. Adolescents with good metabolic control had a median global score of 49, compared with 71 in adolescents with poor metabolic control (p=0.007). The median global score of self-perception of better health was 51 compared to 73 for self-perception of poorer health (p=0.007). Discussion: In general, adolescents in this study revealed a satisfactory quality of life. Adolescents with better metabolic control have a higher satisfaction and better quality of life. Adolescents with better self-perceived health have a better quality of life. Conclusion: Recognizing factors that affect quality of life of adolescents with type 1 diabetes mellitus is crucial to devise therapeutic strategies that meet their expectations, promoting treatment adherence and better metabolic control.
- Suspecting classical homocystinuria in an adolescent born before the newborn screening programPublication . Carvalho, Fábia; Campos, Teresa; Reis, Joana; Portela, Mariana; Vasconcelos, Carla; Ferreira, Carla; Cerqueira, Arnaldo; Oliveira, Ângela; Vilarinho, Laura; Leão-Teles, Elisa; Rodrigues, EsmeraldaIntroduction: Classical homocystinuria (HCU) is an autosomal recessive disorder caused by a deficiency in the cystathionine beta-synthase enzyme and associated with a high probability of vascular complications. Herein is presented the case of an adolescent diagnosed with HCU during cerebral venous sinus thrombosis (CVST) study. Case Report: A 14-year-old girl presented with thrombophilia screening tests suggestive of HCU during CVST study. After referral to an Inherited Metabolic Diseases Unit, she started supplementation with pyridoxine, folic acid, vitamin B12, betaine anhydrous, and cysteine and was advised to restrict natural proteins and methionine from diet. Genetic analysis revealed a homozygous CBS mutation (c.572C>T (p.T191M) with c.699C>T (p.Y233Y) polymorphism. Discussion: In adolescents born before 2004 (year of implementation of the Portuguese newborn screening program), HCU should be considered when studying hypercoagulability syndromes, as it is a treatable condition and treatment can prevent major morbidity and mortality causes.