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Abstract(s)
Objectivo: a espondilolise e a espondilolistese ístmica grau I são causas de lombalgia nos adolescentes e associam-se a fractura de fadiga da pars interarticularis por movimentos repetidos de hiperextensão.
Na literatura não existe consenso quanto aos benefícios do tratamento cirúrgico nestes doentes, muitas vezes atletas, e a controvérsia prolonga-se sobre qual a melhor técnica cirúrgica.
Os autores descrevem a técnica cirúrgica que sistematicamente utilizam e analisam os resultados obtidos.
Material e métodos: retrospectivamente, entre 2004 e 2013, foram avaliados 30 adolescentes, 12 com lise ístmica e 18 com espondilolistese ístmica grau I, operados pelo mesmo cirurgião. A reconstituição ístmica foi feita com autoenxerto de ilíaco e fixação pedicular posterior temporária. Avalia-se a taxa de consolidação, complicações, dor (VAS), função (ODI) e o grau de satisfação
Resultados: a idade média foi 16.3 anos (13-18) e o seguimento 23.5 meses (14-48). Ocorreu consolidação em 100% dos casos. O VAS médio reduziu de 7.48 para 0.38 (p<0.0001) e, funcionalmente, o ODI médio melhorou de 38.55% para 1.59% (p<0.0001), de disfunção moderada para mínima. A todos os doentes foi retirado o material após 1 ano de reconstituição ístmica. No total, 63.3% dos doentes eram desportistas e todos retomaram o nível prévio. Não se verificou progressão da listese nem complicações significativas. Os doentes encontram-se satisfeitos e repetiriam o tratamento.
Conclusão: as técnicas de artrodese obtêm bons resultados clínicos mas implicam perda de mobilidade segmentar e doença do nível adjacente. Comparativamente com técnicas dinâmicas, a técnica preconizada pelos autores permite não só a reconstituição ístmica eficaz como revela resultados superiores a médio prazo, o que supera a necessidade de segunda intervenção para extração do material. A reconstituição ístmica com autoenxerto e fixação pedicular posterior temporária na espondilolise ou espondilolistese ístmica grau I obteve excelentes resultados clínicos e elevada taxa de consolidação. Esta técnica é defendida pelos autores mesmo em atletas de alta competição.
Material e métodos: retrospectivamente, entre 2004 e 2013, foram avaliados 30 adolescentes, 12 com lise ístmica e 18 com espondilolistese ístmica grau I, operados pelo mesmo cirurgião. A reconstituição ístmica foi feita com autoenxerto de ilíaco e fixação pedicular posterior temporária. Avalia-se a taxa de consolidação, complicações, dor (VAS), função (ODI) e o grau de satisfação
Resultados: a idade média foi 16.3 anos (13-18) e o seguimento 23.5 meses (14-48). Ocorreu consolidação em 100% dos casos. O VAS médio reduziu de 7.48 para 0.38 (p<0.0001) e, funcionalmente, o ODI médio melhorou de 38.55% para 1.59% (p<0.0001), de disfunção moderada para mínima. A todos os doentes foi retirado o material após 1 ano de reconstituição ístmica. No total, 63.3% dos doentes eram desportistas e todos retomaram o nível prévio. Não se verificou progressão da listese nem complicações significativas. Os doentes encontram-se satisfeitos e repetiriam o tratamento.
Conclusão: as técnicas de artrodese obtêm bons resultados clínicos mas implicam perda de mobilidade segmentar e doença do nível adjacente. Comparativamente com técnicas dinâmicas, a técnica preconizada pelos autores permite não só a reconstituição ístmica eficaz como revela resultados superiores a médio prazo, o que supera a necessidade de segunda intervenção para extração do material. A reconstituição ístmica com autoenxerto e fixação pedicular posterior temporária na espondilolise ou espondilolistese ístmica grau I obteve excelentes resultados clínicos e elevada taxa de consolidação. Esta técnica é defendida pelos autores mesmo em atletas de alta competição.
Description
Keywords
Lise ístmica espondilolise espondilolistese ístmica lombalgia adolescente reconstituição ístmica desportista
Citation
Rev Port Ortop Traum 22(3): 284-294, 2014
Publisher
Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia