SO - Artigos publicados em revistas não indexadas na Medline
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Browsing SO - Artigos publicados em revistas não indexadas na Medline by Author "Cardoso, P."
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- Osteointegração nos amputados: um passo em frente!Publication . Oliveira, V.; Cantista, P.; Brånmark, R.; Cardoso, P.ntrodução: Em Portugal, até agora, as próteses de reabilitação usadas para doentes amputados a nível transfemoral e transtibial condicionam trocas frequentes por motivos de alargamento, instabilidade, desconforto, problemas de pele e dor no coto que originam limitação funcional e perda de qualidade de vida. Em 1990, na Suécia, adoptou-se a técnica de osteointegração no membro inferior e superior com o desenvolvimento inovador da fixação óssea da prótese, eliminando o contacto com a pele e permitindo ganhar função e independência destes doentes. O desenvolvimento do protocolo OPRA permitiu definir critérios de indicação e seleção dos doentes e programar um processo de reabilitação individualizado. A técnica engloba 2 tempos cirúrgicos nos ossos longos. Os autores reportam o primeiro caso clínico de osteointegração realizado em Portugal. Caso Clínico: Um amputado transtibial com necessidade de trocas frequentes da prótese de reabilitação tipo socket, foi selecionado para osteointegração. Na fase S1 foi introduzido o implante intramedular. Após 6 meses, na fase S2 foi colocada a conexão de titânio por protusão à pele, e estabilização dos tecidos moles. O programa de reabilitação foi gradual e individualizado. Recorreu-se à escala visual analógica da dor para progressão da recuperação funcional. O doente está satisfeito e com capacidade de realizar eficazmente atividades até aqui inatingíveis. Discussão: A osteointegração implica uma equipa multidisciplinar e visa promover qualidade de vida e recuperar eficazmente doentes amputados para a sociedade ativa. Neste primeiro doente verificou-se ganho de função e independência com claro impacto psicosocioeconómico. Factores como a estrutura, dinâmica e bioquímica do tecido ósseo assim como a estabilização dos tecidos moles são fundamentais. As complicações possíveis incluem infeção, necrose cutânea, descelagem e fractura. As vantagens biomecânicas são maior segurança, suporte dos tecidos moles, estabilidade protésica e, no caso das amputações transfemorais, maior flexão do joelho. Conclusão: A osteointegração representa um passo em frente na reabilitação dos amputados e os autores acreditam que contribuirá no futuro para dotar as próteses de função sensitivomotora artificial, com o desenvolvimento das neurociências, robótica e engenharias electrotécnica e biomédica. A osteointegração permitiu projetar uma vida diferente e mais ativa para este doente, conjugando os impactos biomecânico, fisiológico, psicológico, social e económico.
- Osteoma Osteóide Cervical - Radiofrequência ou a Clássica Curetagem?Publication . Robles, D.; Esteves, S.; Martins, S.; Esteves, J.; Cardoso, P.; Oliveira, A.Os Osteomas Osteóides são tumores benignos, osteoblásticos, cuja incidência ronda os 3% do total de todos os tumores. Ocorrem mais frequentemente no fémur e tíbia, e o esqueleto axial é afetado em apenas 10% dos casos, maioritariamente ao nível da coluna lombar (56,1%), sendo a coluna cervical afetada em apenas 26,8% dos casos. O clássico tratamento cirúrgico está a ser substituído por técnicas ablativas mini-invasivas, como a termoablação por radiofrequência por via percutânea. No entanto, na coluna cervical, torna-se difícil prever o efeito do calor quando aplicado na proximidade de estruturas nervosas e vasculares. Apresenta-se o caso clínico de uma doente do sexo feminino de 24 anos, observada por cervicalgia persistente, cuja tomografia computorizada realizada demonstrou um Osteoma Osteóide localizado a nível do pedículo esquerdo da 6ª vértebra cervical. A doente foi submetida a tratamento cirúrgico, através de curetagem transpedicular guiada por fluoroscopia, tendo sido obtida uma resolução imediata, completa e sustentada da dor.
- Osteoma Osteóide?Publication . Sousa, M.; Aido, R.; Freitas, D.; Cardoso, P.O osteoma osteóide é uma neoplasia formadora de osso. Habitualmente afecta crianças e jovens adultos durante a 2ª e 3ª décadas de vida, com uma preponderância no sexo masculino. A Tomografia Computorizada (TC) é o método de imagem de escolha e geralmente revela uma pequena lesão redonda ou ovóide, radiolucente, ocasionalmente com uma calcificação central, rodeada por quantidades variáveis de osteosclerose e associada a uma reacção periosteal. No entanto, a aparência do Osteoma Osteóide pode constituir um desafio uma vez que pode ocorrer em qualquer localização e em qualquer osso. Os procedimentos minimamente invasivos, especialmente a ablação por radiofrequência são hoje os tratamentos de eleição para a maioria dos casos. Os autores apresentam o caso de uma doente com história de dor, tensão e edema na perna esquerda. Apesar de uma apresentação clínica atípica e achados radiológicos e cintigráficos imprecisos o diagnóstico de Osteoma Osteóide foi estabelecido e a doente tratada de acordo. Infelizmente o diagnóstico correcto era Osteomielite Crónica. Na era da abordagem minimamente invasiva deste tipo de patologia, sem a possibilidade de confirmação histológica, os achados clínicos e radiográficos são a melhor formar de diagnosticar, mesmo assim, podem não diferenciar um osteoma osteóide de uma osteomielite.
- Procedimento de Tikhoff-Linberg - Relato de CasosPublication . Serrano, P.; Leite, F.; Silva, M.; Oliveira, V.; Cardoso, P.A maioria dos sarcomas da extremidade superior podem ser tratados hoje com procedimentos que preservam o membro, recorrendo a diferentes técnicas. Para tumores do ombro ou cintura escapular, por vezes a amputação interescapulotorácica é o único tratamento cirúrgico radical possível. Em casos selecionados, em que o tumor não envolve o feixe neurovascular, uma alternativa para preservar o membro é o procedimento de Tikhoff-Linberg. Apesar de uma taxa de complicações global elevada, este procedimento provou ser uma arma cirúrgica valiosa no tratamento de tumores extensos da região do ombro, com a vantagem de um resultado funcional superior à amputação. Este trabalho reflete a nossa experiência com uma técnica cirúrgica exigente e que proporcionou a dois doentes um resultado funcional bastante satisfatório, após serem confrontados com a hipótese de amputação, não comprometendo, no entanto, a sua sobrevida ou progressão da doença