DDCC - Disfunções e Doenças Cognitivas e Comportamentais
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- Problemas Alimentares da Infância sem diagnóstico clínico: quando vigiar, quando actuar?Publication . Santos, M.RESUMO Os problemas alimentares na infância são bastante comuns na clínica. Alguns repercutem-se nos parâmetros do desenvolvimento da criança, enquanto que noutras situações não são impeditivos de um desenvolvimento harmonioso. Em qualquer dos casos, a investigação é, não raramente negativa, dificultando uma terapêutica dirigida à etiologia. As queixas dos pais são persistentes, e os clínicos sentem-se impotentes ou confusos quanto às soluções apropriadas a adoptar. O presente trabalho tem por objectivo proceder à revisão da literatura sobre os quadros principais que se manifestam como dificuldades alimentares na infância, em que não foi possível fazer um diagnóstico pediátrico. Procura-se ainda recordar o processo da função alimentar como uma das aquisições que o bebé necessita regular, e de como este processo está ligado com a vinculação. Ilustram-se com alguns casos clínicos, para se sintetizar algumas linhas orientadoras no seguimento destes problemas pelos clínicos gerais e pediatras, e a oportuna referenciação para serviços ou equipas de saúde mental. ABSTRAT Childhood feeding disorders are common. Some of them result in undernutrition, while others do not interfere with a normal development. In either cases, evaluations are sometimes normal making difficult an etiological treatment. Complains from parents are longstanding, and clinicals feel confused about how to intervene. This paper claims to review feeding disorders without organic factors. It also tries to recall that feeding is a task that babies must regulate, process that is mediated by attachment. Some clinical examples are presented. Finally, guidelines for triage assessment, treatment planning and referring for mental health services are suggested.
- Hospital de Dia - Análise Retrospectiva de 8 anos de actividadePublication . Teles, A.; Figueiredo, R.; Graça, T.RESUMO Objectivo: Os autores realizaram um estudo retrospectivo dos casos internados no Hospital de Dia do Departamento de Pedopsiquiatria do Hospital Maria Pia entre Setembro/1993 e Junho/2001, com o objectivo de caracterizar o perfil dos doentes admitidos nesta modalidade de intervenção no que respeita às suas características demográficas, tempo de intervenção, diagnóstico efectuado, situação e encaminhamento após a alta, assim como os potenciais benefícios desta intervenção. Metodologia: Foram revistos os processos clínicos de 99 crianças, tendo sido recolhidos os seguintes dados: sexo; idade; situação sócio-económica; tipo de família; coping familiar; tempo de intervenção; diagnóstico; situação e orientação após a alta. Utilizaram-se a Escala de Graffar e a Escala de Coping Familiar, e os diagnósticos foram efectuados de acordo com os critérios da CID-10 (Classificação Internacional das Doenças, 10ª edição). Resultados: Na amostra estudada verificou-se um predomínio do sexo masculino (76,8%), sendo a média de idades de 4,47 anos (d.p.=1,51). Predominaram as famílias pertencentes a um estrato social médio (57,3%), assim como as famílias nucleares (69,4%) e os filhos únicos (55,9%). O tempo de intervenção variou entre 2 e 1230 dias (mediana = 99 dias). As perturbações do desenvolvimento psicológico foram preponderantes (49,5%), salientando-se as perturbações globais do desenvolvimento (25,3%). A maioria das crianças teve alta melhorada (54,5%) e prosseguiu com o ensino regular (75,5%). As crianças com o diagnóstico de perturbação neurótica, relacionada com o stress ou somatoforme eram significativamente (p=0,025) mais velhas (média: 6,00 anos) do que as restantes crianças internadas. O tempo de intervenção foi significativamente mais longo (p=0,013) para as crianças com perturbações globais do desenvolvimento (média: 336,40 dias). Conclusões: Este estudo permite o esboço de um retrato-tipo das crianças admitidas em Hospital de Dia, suas famílias, diagnóstico e evolução. Mais confirmam o grande valor desta modalidade de intervenção na prática clínica em Pedopsiquiatria. ABSTRACT Objective: The authors present a retrospective analysis of the cases treated in the Day Care Center of the Departamento de Pedopsiquiatria do Hospital Maria Pia between September/1993 and June/2001, with the objective of characterizing the profile of admitted patients (social class; type of family; familiar coping; intervention’s length; diagnosis; condition and orientation after discharge) and the potential benefits of this intervention. Methods: The clinical files from 99 children were reviewed, and the following information was collected: sex; age; social class; type of family; familiar coping; intervention’s length; diagnosis; condition and orientation after discharge. Graffar’s Scale and Familiar Coping’s Scale were used, and the diagnosis was established according to the ICD–10 (International Classification of Diseases, 10th edition). Results: The population comprised mainly boys (76,8%); the average age was 4,47 years (s.d.=1,51). The majority of families belonged to a middle social class (57,3%), and nuclear families predominated (69,4%) as well as single children (55,9%). The intervention’s length varied between 2 and 1230 days (median = 99 days). The psychological development disorders predominated (49,5%) and, among those, the global development disorders were outstanding (25,3%). After discharge most children were improved (54,5%) and most went on to regular school (75,5%). The children with the diagnosis of neurotic related to stress or somatoform disorder were significantly (p=0,025) older (average = 6,00 years)than the other groups. The intervention’s period was significantly longer (p=0,013)for those with global development disorders (average = 336,40 days). Conclusions: This study allows the clinical characterisation of the children admitted to the Day Care Center, along with their families, their evolution and and prognosis. Moreover, they confirm the outstanding value of this type of intervention in the clinical practice of Child and Adolescent Psychiatrist.
- Produção científica de enfermagem sobre resiliência: estudo bibliométricoPublication . Amaral-Bastos, M.
- Resiliência e coping em adolescentes: uma revisão sistemáticaPublication . Amaral-Bastos, M.
- Vivências do dia-a-dia de pais com filhos deficientesPublication . Martins, M.; Couto, A.A família é considerada um espaço de aprendizagem que está em constante renovação e enriquecimento, no entanto, quando um dos seus elementos é portador de deficiência, a família assume um papel primordial na reconstrução diária da vida intima e social dos seus membros. Os pais vivem com preocupação constante quem irá cuidar dos seus filhos, porque o envelhecimento é inevitável: logo, estes ficam cada vez mais dependentes, já que os progenitores enfrentam incapacidades físicas para cuidar dos filhos. Este estudo qualitativo tem características fenomenológicas, sendo igualmente exploratório descritivo, e surgiu da seguinte pergunta de partida. “Será que os pais de filhos portadores de deficiência na idade adulta expressam necessidades específicas?”. Com base na metodologia utilizada, a colheita de dados foi efetuada através de entrevista semiestruturada a cinco pais idosos que cuidam dos seus filhos deficientes e que frequentam o Centro de Educação e Formação Profissional Integrada (CEFPI). Dos resultados obtidos salientamos que estes pais vivem em função dos filhos e para os filhos; tal facto está inerente à dependência de cuidados em grau moderado, destacando-se o autocuidado higiene, deambular, vestir e despir. O cuidar dos filhos não é partilhado, cuidam sozinhos dos filhos e sentem-se sós no desempenho do seu papel.
- Descodificação dos comportamentos autolesivos sem intenção suicida - estudo qualitativo das funções e significados na adolescênciaPublication . Calejo-Jorge, J.; Queirós, O.; Saraiva, J.Os comportamentos autolesivos sem intenção suicida devem ser vistos como um modo de expressão de um conflito ou dificuldade vivencial do adolescente e, por isso, carecem de uma “descodificação” atenta. O presente estudo qualitativo teve como principal objetivo conhecer os significados e funções subjacentes a estes comportamentos numa amostra clínica de adolescentes. A amostra foi constituída por 25 participantes, recrutados na consulta externa do Serviço de Adolescência do Departamento de Psiquiatria da infância e da adolescência do Centro Hospitalar do Porto. A análise de conteúdo revelou a existência de funções intrapsíquicas e interpessoais, estando os comportamentos ao serviço de mais do que uma função, na maioria dos casos. Estas enquadraram-se em diferentes modelos explicativos teóricos, sendo possível identificar o predomínio de funções de alívio da tensão emocional e tentativa de fuga/retirada, ambas pertencentes ao modelo de Regulação emocional, e de funções interpessoais, enquadradas no modelo Ambiental. Embora exploratórios, estes resultados tendem a apoiar a investigação existente, apontando, contudo, para algumas especificidades. Evidenciam, ainda, a importância da avaliação atenta e compreensiva destes comportamentos de forma a aprimorar o seu tratamento.