Browsing by Author "Moreira, B."
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- Arterial Spin Labeling: Experiência Inicial, Indicações Clínicas e DificuldadesPublication . Carneiro, A.; Pina, S.; Moreira, B.RESUMO O arterial spin labeling (ASL) é uma técnica de perfusão por ressonância magnética (RM) que usa os protões das moléculas de água do sangue arterial como marcador endógeno. As suas principais vantagens residem no facto de ser um método não invasivo, rápido e que dispensa a administração de contraste. Actualmente os seus resultados são reprodutíveis de modo robusto, o que o torna uma ferramenta cada vez mais utilizada na prática clínica. O objectivo deste trabalho é apresentar a nossa experiência inicial com o ASL, salientando os aspectos técnicos, as principais solicitações clínicas, os resultados obtidos e as dificuldades experimentadas. Métodos: Foi efectuada uma revisão dos exames realizados durante um período de oito meses, usando uma técnica de ASL pulsado, num aparelho de 3T. A avaliação dos mapas de perfusão foi realizada de modo qualitativo. Resultados: As principais indicações clínicas para a realização de ASL foram epilepsia, doenças neuro-degenerativas e tumores intra-parenquimatosos. Embora o ASL não tenha sido, em nenhum dos casos, a principal ferramenta diagnóstica, contribuiu, por vezes, com dados fisiológicos importantes para o diagnóstico e para a orientação terapêutica. Salientam-se os casos de doentes com múltiplas crises epilépticas nos quais foi possível identificar focos de hiperperfusão pós-ictal (cujos resultados foram concordantes com o SPECT). Destacam-se ainda casos de doenças neuro-degenerativas nos quais o ASL identificou áreas de hipoperfusão típicas das respectivas entidades nosológicas. As principais dificuldades estiveram relacionadas com o carácter qualitativo da avaliação e com a valorização clínica dos achados. Conclusão: O estudo da perfusão cerebral por ASL tem um potencial diagnóstico importante. Com este trabalho mostramos que, com uma aquisição rápida e pós-processamento simples, pode facilmente integrar os estudos de RM de rotina. Abstract Arterial spin labelling (ASL) is a MR perfusion technique that uses protons from water molecules of the arterial blood as an endogenous tracer. It is fast, non-invasive and does not require gadolinium administration. Due to the increasing robustness of the results, it is becoming an important clinical tool. In this article we present our initial experience with ASL, highlighting some technical aspects, the main clinical applications, some achieved results and most important difficulties. Methods: Review of the examinations performed during eight months, using a pulsating ASL technique in a 3T machine. Perfusion maps were evaluated qualitatively. Results: The most frequent clinical applications were epilepsy, neurodegenerative disorders and tumours. Although perfusion data from ASL had never been crucial for diagnosis, it still provided substantial information. We highlight two epileptic patients who had had recent seizures, in which ASL depicted distinct post-ictal hyperperfusion areas (with the results being confirmed by SPECT studies). The impact was also remarkable in patients with neurodegenerative disorders in which ASL depicted hypoperfusion areas, typical of each nosological entity. The main difficulties were related to the lack of quantitative evaluation and to the clinical interpretation of the results obtained. Conclusion: ASL perfusion studies have a great potential in several clinical conditions. In this article we show that, with a fast acquisition and easy post-processing, it can integrate routine MRI examinations.
- A case of haemophagocytic syndrome presenting with oculogyric crisesPublication . Taipa, R.; Moreira, B.; França, M.; Maia, L.Haemophagocytic lymphohistiocytosis (HLH), also called haemophagocytic syndrome (HPS), is a rare disorder resulting in abnormal proliferation of histiocytes in tissues and organs, including the CNS. HLH can present as a primary disease or occur as a secondary reactive disease. Clinical features are high fever, splenomegaly, cytopenia of two or more cell lines, hypertriglyceridaemia and haemophagocytosis. CNS involvement varies between 10% and 73%, and clinical manifestations include seizures, decreased sensorium, brainstem symptoms, ataxia or demyelinating peripheral neuropathy.
- 'MICKEY MOUSE EARS'Publication . Nunnes, P.; Ramos, C.; Moreira, B.; Cruz, R.
- Tratamento Suboclusivo por via transvenosa de fístulas arteriovenosas duraisPublication . Pinto, P.; Moreira, B.; Alves, V.; Caixeiro, T.; Stocker, A.; Cruz, R.; Xavier, J.Introdução: As fístulas arteriovenosas durais (FAVd) são usualmente adquiridas e quando apresentam drenagem venosa cortical estão associadas a um risco elevado de hemorragia. Podem ser tratadas por embolização (transarterial ou transvenosa), cirurgicamente ou pela combinação das duas técnicas. A embolização por via transvenosa induz uma trombose iatrogénica do seio venoso, acarretando risco de enfarte venoso e/ou hemorragia. Objectivo: Rever os casos de FAVd do seio lateral submetidas a embolização transvenosa. O nosso principal objectivo é avaliar a eficácia e a morbilidade deste tipo de tratamento e o segundo é discutir as possíveis vantagens de uma abordagem suboclusiva na primeira sessão de tratamento. Resultados: Os autores apresentam seis casos clínicos de FAVd, cujas formas de apresentação foram: diminuição da acuidade visual (3); sopro pulsátil no ouvido (3); cefaleias (2); hemorragia subaracnoideia (1); hipoacusia subjectiva (1); edema da papila (1); défice motor (1). Angiograficamente: Cognard IIa (3), IIab (2) e IV (1), todas com envolvimento dos seios laterais. As principais aferências eram: ACE ipsilateral (6); ACI ipsilateral (6); AV ipsilateral (6); ACE contralateral (5); AV contralateral (5); ACI contralateral (3); ACP ipsilateral (1). O tratamento inicial foi sempre a abordagem transarterial, com resultados angiográficos aceitáveis, embora transitórios. Posteriormente optou-se pela via transvenosa com preenchimento do seio lateral com GDC coils. Em cinco dos doentes decidiu-se pela suboclusão, com persistência de algumas aferências. Em quatro, a angiografia subsequente demonstrou trombose “espontânea” do seio lateral com resolução clínica e angiográfica da doença. Num deles a trombose ocorreu ainda durante a sessão inicial. Todos os procedimentos decorreram sem complicações e nenhum dos doentes desenvolveu novos défices neurológicos focais. Conclusões: A abordagem transvenosa das FAVd obteve um sucesso técnico e clínico assinalável, sem presença de complicações. Pensamos que a suboclusão do seio venoso com coils poderá induzir menor alteração hemodinâmica aguda, possibilitando uma trombose mais lenta, diminuindo o risco de complicações, mas com resolução angiográfica ulterior da FAVd.