Browsing by Author "Sousa, H."
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- Contraceção para adolescentes com lúpus eritematoso sistémicoPublication . Couto, C.; Sousa, H.; Guedes, M.A escolha de um método anticoncecional nas adolescentes com lúpus eritematoso sistémico (LES) tem sido controversa, nomeadamente no que respeita aos contracetivos hormonais combinados pelo risco aumentado de eventos trombóticos e pelo possível impacto na atividade da doença. Revisões recentes sugerem que as doentes com LES podem usar a maioria dos métodos contracetivos, incluindo os métodos hormonais. Os contracetivos hormonais combinados são uma boa opção nas adolescentes com anticorpos antifosfolipídeos negativos, que não apresentam outros factores de risco pró-trombóticos e cuja doença se encontra inativa. Os contracetivos progestativos são uma alternativa nos casos de maior risco tromboembólico e nos casos de LES ativo. Os métodos de barreira são sempre recomendados, a contraceção de emergência não tem contra-indicação nas adolescentes com LES e o dispositivo intra-uterino (DIU) não está atualmente contra-indicado, sendo uma opção segura e eficaz, pelo que constitui uma alternativa contracetiva a considerar, particularmente o DIU com levonorgestrel. ABSTRACT The selection of a contraceptive method in the adolescents with systemic lupus erythematosus (SLE) has been controversial, namely with respect to combined hormonal contraceptives for the risk of thrombosis and possible impact in the disease activity. Recent reviews suggest that patients with SLE may use the majority of the contraceptive methods, including the hormonal ones. The combined hormonal contraceptives are a good option in lupic adolescents with negative antiphospholipid antibodies, without other risk factors for thrombosis and inactive disease. Progestogen-only contraceptives are an option in the patients with higher risk of thrombosis or active SLE. Barrier methods are globally recommended, emergency contraception has no contraindication in the adolescents with SLE; intrauterine device is not actually contraindicated being considered a safe option, specially the one containing levonorgestrel.
- Dor abdominal e retenção urinária aguda em adolescente: apresentação clínica de hematocolpos e revisão da literaturaPublication . Sousa, H.; Fonseca, H.; Sampaio, L.Introdução: O hematocolpos é uma patologia rara resultante da acumulação vaginal de sangue menstrual nas jovens com hímen imperfurado. Caso clínico: Adolescente de 13 anos e 11 meses, sexo feminino, previamente saudável, que recorreu ao serviço de urgência por dor abdominal e lombar, tenesmo e retenção urinária aguda. Ausência de menarca. Ao exame objectivo: estadio pubertário IV de Tanner, distensão abdominal e massa pélvica. O exame ginecológico revelou membrana himeneal azulada e proeminente. A ecografia pélvica evidenciou globo vesical muito exuberante, acumulação de fluido ecogénico na vagina e hímen imperfurado. A himenectomia de urgência, efectuada poucas horas depois, decorreu sem intercorrências. Clinicamente bem na reavaliação um mês pós-operatório. Conclusão: Numa adolescente com amenorreia primária e dor abdominal ou retenção urinária aguda, o hematocolpos é um diagnóstico a colocar. A avaliação do estadio pubertário e história menstrual deve ser incluída nas consultas de rotina. ABSTRACT Introduction: Hematocolpos in adolescents with imperforate hymen resulting from vaginal blood accumulation is a quite rare pathology. Case report: A previously healthy almost 14-year-old girl, was admitted to the emergency department with lower abdominal pain and acute urinary retention. No previous menstruation. Objective examination with pubertal Tanner stage IV, abdominal distension and pelvic mass. Gynecological examination revealed a blue imperforate hymen bulging from the vagina introitus outwards. Ultrasonography showed exuberant vesical globe and echogenic fluid accumulation in the vagina. Cruciate hymenotomy was uneventful. Asymptomatic in the follow-up, one month later. Conclusion: The diagnosis of imperforate hymen and hematocolpos is probable in an adolescent girl with primary amenorrhea, abdominal pain or acute urinary retention. Evaluation of the pubertal stage and menses should be included in routine practice.
- PFAPA, entidade rara ou pouco conhecida? Três casos clínicosPublication . Sousa, H.; Teixeira, F.; Reis, M. G.; Guedes, M.RESUMO A síndrome PFAPA, acrónimo de Periodic Fever, Aphthous stomatitis, Pharyngitis and Adenitis, é uma das causas de febre periódica na infância caracterizada por episódios de febre recorrente, estomatite aftosa, faringite e adenopatias cervicais. A sua etiopatogenia é desconhecida. O diagnóstico é clínico e de exclusão, cursando com alterações analíticas inespecíficas. Uma a duas doses de prednisolona (1 a 2 mg/Kg) são geralmente suficientes para uma rápida resolução clínica, sendo este habitualmente o tratamento de eleição. É uma síndrome de carácter benigno que cursa com resolução espontânea no início da adolescência, não estando descritas sequelas. Os autores chamam a atenção para esta entidade clínica ainda pouco conhecida que, para além de afectar a qualidade de vida destas crianças e suas famílias, implica custos económicos para o Sistema Nacional de Saúde. Apresenta-se uma breve revisão deste síndrome e descrevem-se 3 casos clínicos seguidos na consulta de Pediatria do HGSA com este diagnóstico.
- Terapêutica biológica na Artrite Idiopática Juvenil (AIJ) – experiência do Centro Hospitalar PortoPublication . Nascimento, J.; Zilhão, C.; Sousa, H.; Miranda, V.; Marinho, A.; Vasconcelos, C.; Guedes, M.Introdução: A terapêutica com agentes biológicos contribuiu para a melhoria da qualidade de vida dos doentes com AIJ grave. No entanto, a sua utilização tem potenciais riscos aliada a custo económicos elevados, o que conduziu à elaboração de recomendações (Sociedade Portuguesa Reumatologia), para a seleção e monitorização dos doentes. Objetivo: Avaliar a eficácia e segurança da terapêutica biológica nos doentes com AIJ, seguidos na Unidade Reumatologia Pediátrica do CHP. Material/Métodos: Estudo transversal dos doentes com AIJ que efetuaram biológicos e cujos registos foram inseridos no Reuma.pt, com análise do tipo AIJ, agente(s) biológico(s) administrado(s), efeitos adversos e custos económicos associados. A evolução clínica, analítica e funcional foi avaliada num subgrupo com 36 meses de terapêutica através da escala visual analógica (EVA:0-100), Child Health Assessment Questionnaire (CHAQ:0-3), nº articulações ativas e velocidade de sedimentação. Resultados: De um total de 97 doentes com AIJ, 38,1% (n=37) efetuaram terapêutica biológica. A idade média no início da doença foi de 7,9 ±4,5anos, no diagnóstico 8,6 ±4,8anos e no início do 1º biológico 10,9 ±4,4anos. Os subtipos de AIJ mais frequentes, foram a AIJ poliarticular FR e a AIJ entesite, com 21,6% (n=8), cada tipo. Foi diagnosticada uveíte em 32,4% (n=12), tendo sido, determinante, para o início ou switch do agente biológico em 5 casos. Dos doentes expostos a este tipo de terapêutica, 78,4% (n=29) foram medicados com etanercept; 16,2% (n=6) infliximab; 13,5% (n=5) adalimumab; 13,5% (n=5) tocilizumab e 2,7%(n=1) anakinra, com média de exposição de 3 ±2,6 anos (mín:0,1/máx:12). Ocorreram 8 eventos adversos não graves e 2 doentes suspenderam temporariamente a terapêutica. O custo económico mensal estimado, por doente, para cada biológico é: 464€ - etanercept; 448€ - infliximab; 994€ - adalimumab; 335€ - tocilizumab; 870€ - anakinra. No início da terapêutica biológica, o valor médio de EVA era 55,1 ±19,3; o CHAQ 1,1 ±0,6; o número médio de articulações ativas era 5,3 ±2,6 e o valor médio de VS 36,8 ±23,3mm/h. Aos 36 meses de terapêutica biológica, o valor médio de EVA era 17,5 ±20,1; o CHAQ 0,3 ±0,4; o número médio de articulações ativas era 1,8 ±3,8 e o valor médio de VS 15,8 ±15,7mm/h. Conclusão: Os critérios da SPR para a administração de terapêutica biológica são adequados na seleção e monitorização destes doentes. Nesta amostra, a terapêutica demonstrou ser eficaz e segura. Apesar dos custos elevados inerentes, a sua introdução precoce teve um impacto fundamental na melhoria da qualidade de vida e redução da morbilidade associada à doença.
- As tribos urbanas - as de ontem até às de hojePublication . Sousa, H.; Fonseca, P.As tribos urbanas surgiram como um reflexo da globalização das sociedades modernas. Jovens, numa vontade de se diferenciarem mas também de se identificarem, reúnem-se em grupos partilhando os mesmos ideais e gostos. Algumas particularidades comportamentais e estéticas permitem a sua identificação. Uma boa comunicação e a não estigmatização do jovem pode ser a chave para uma boa relação médico-doente com uma melhor compliance comportamental ou terapêutica. Aborda-se algumas das características mais típicas das “tribos” dos dias de hoje alertando-se para alguns dos riscos mais provavelmente associados.