SORL - Artigos publicados em revistas não indexadas na Medline
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- Síndrome de Robinow e otorrinolaringologia - A propósito de um caso clínicoPublication . Silva, A.; Esteves, S.; Felicano, T.; Coutinho, M.; Almeida-Sousa, C.A Síndrome de Robinow é uma doença genética rara, com menos de 200 casos registados no mundo. Caracteriza-se pelo encurtamento mesomélico dos membros, baixa estatura, hipoplasia genital externa e uma fácies fetal. A sua transmissão pode ser autossómica recessiva ou dominante. Este artigo descreve o caso clínico de uma criança com diagnóstico pós-natal de Síndrome de Robinow esporádica autossómica dominante. Aos 12 anos de idade as anomalias otorrinolaringológicas incluíam a presença de uma bossa frontal, nariz curto com dorso largo, hipoplasia da maxila, fenda palatina corrigida e hipoacusia de condução bilateral. A Síndrome de Robinow é uma condição geneticamente heterogénea que pode ser facilmente diagnosticada na infância ou mesmo na avaliação pré-natal. O acompanhamento e intervenção otorrinolaringológicos podem melhorar o desenvolvimento e a qualidade de vida destas crianças.
- Validação do questionário rhinoplasty outcome evaluation (roe ) para portuguêsPublication . Esteves, S.; Silva, A.; Ferreira, M.; Fereira, A.; Abrunhosa, J.; Almeida-Silva, C.Introdução: A cirurgia estética facial e os seus resultados continuam a ser um desafio, tanto para o doente como para o cirurgião. O Rhinoplasty Outcome Evaluation (ROE) é um questionário de fácil aplicação que abrange os principais aspetos que influenciam a satisfação do doente submetido a rinoplastia. O objetivo deste estudo foi proceder à tradução, adaptação cultural e validação deste questionário da língua inglesa para o Português de Portugal. Material e Métodos: Estudo retrospetivo com 40 doentes (22 mulheres e 18 homens) no pós-operatório de rinoplastia e 30 voluntários (18 mulheres e 12 homens) sem indicação ou vontade para efetuar rinoplastia ou qualquer outro tipo de cirurgia nasal. Resultados: O score médio no pós-operatório de 6 meses foi de 19.63 pontos no grupo de doentes, tendo sido de 22.51 pontos nos controles mostrando a validade do questionário (p < 0.05). Foi testada a reprodutibilidade teste-reteste intraentrevistador com 96h de intervalo (r=0,81) e a coerência interna foi alta (coeficiente α de Cronbach de 0,824). Assim, resultou a versão final do ROE, constituído por 6 questões que avaliam os principais fatores que influenciam o contentamento do doente em relação à rinoplastia. Conclusões: A versão Portuguesa do ROE é um instrumento válido na avaliação de doentes submetidos a rinoplastia, permitindo objetivar a sua satisfação.
- Acufeno púlsátil - Caso clínico de fístula arteriovenosa dural e revisão da literaturaPublication . Monteiro, D.; Lino, J.; Carvalho, I.; Ferreira, M.; Xavier, J.O acufeno é definido como uma percepção consciente de um som na ausência de fonte externa. Embora não seja considerado uma doença, muitos doentes sofrem deste sintoma. Tem múltiplas etiologias sendo que, apenas algumas são conhecidas. As malformações vasculares constituem a principal causa de acufenos pulsáteis. Descrevem-se dois casos clínicos de doentes com acufeno pulsátil. Ambos realizaram angio-ressonância que evidenciou fístula arteriovenosa dural (DAVF) do seio lateral direito, uma do tipo I e outra do tipo IIa de Cognard. Foram submetidas a angiografia crânioencefálica com embolização, recorrendo a partículas de polivinil álcool (PVA) e a Onyx®, com encerramento da fístula e resolução das queixas. O tratamento das fístulas arteriovenosas durais deve ser ponderado de acordo como tipo de fístula, segundo as escalas de Cognard ou de Borden e, com a existência ou não de sintomatologia.
- Uso de BAHA em crianças: Indicações, resultados e complicaçõesPublication . Reis, C.; Coutinho, M.; Gameiro-Santos, J.; Almeida-Sousa, C.O BAHA (Bone Anchored Hearing Aid - prótese auditiva ancorada no osso) é utilizado em malformações do ouvido externo e médio, otorreia crónica, doença ossicular inoperável e como alternativa à prótese auditiva convencional por inadaptação/ impossibilidade. Este artigo descreve a experiência de colocação de BAHA no Hospital Maria Pia – Centro Hospitalar do Porto na última década, por estudo retrospectivo de 47 pacientes. O ganho audiométrico médio foi de 33,9 dB em relação aos valores base e de 14,4 dB em relação ao uso de próteses auditivas convencionais, com limiar auditivo médio com BAHA de 17,8 dB. Não houve qualquer complicação intra-operatória. No pós-operatório, quatro casos exigiram cirurgia para revisão da pele, em dois casos não houve integração óssea do implante e em três casos houve extrusão do implante por traumatismo directo. Este estudo conclui que os BAHA são um método eficaz e seguro de aparelhamento auditivo em crianças.
- Metástase amigdalina de sarcoma pleomórfico do membro inferiorPublication . Reis, C.; Gameiro-Santos, J.; Abrunhosa, J.; Almeida-Sousa, C.Os tumores das amígdalas palatinas são raros (1.45 casos:100000 indivíduos/ ano) e maioritariamente primários, geralmente de origem epitelial ou linfoproliferativa. Contudo, estima-se que 0.8% sejam secundários. A maioria dos cerca de 100 casos descritos na literatura é referente a carcinomas pulmonares, da mama, de células renais e melanomas, não havendo referência a nenhum caso de metastização por sarcoma do membro inferior. Este artigo descreve o caso de uma paciente de 72 anos que apresentava hipertrofia, endurecimento e ulceração da amígdala palatina direita. A amigdalectomia direita levou ao diagnóstico de sarcoma pleomórfico. A neoplasia primária, na face interna da coxa esquerda, tinha sido diagnosticada dois anos antes. Uma pequena minoria dos tumores da amígdala palatina é metastática. A metastização da amígdala por um sarcoma do membro inferior não se encontrava descrita na literatura, mas como noutros tipos histológicos, surgiu numa fase tardia da doença e com prognóstico muito reservado.
- Tuberculose nasofaríngea - A propósito de um caso clínicoPublication . Monteiro, D.; Lino, J.; Cardoso, C.; Ferreira, M.; Almeida-Sousa, C.A tuberculose (TB) é a doença infecciosa mais comum em todo o mundo. Tem várias apresentações possíveis, podendo atingir vários órgãos e inclusive mimetizar outras patologias, incluindo carcinomas. O aparecimento na nasofaringe é raro e o principal sintoma são linfadenopatias cervicais. Descreve-se um caso clínico de um adolescente de 16 anos, cujo diagnóstico de tuberculose nasofaríngea foi dificultado pela localização rara e pela negatividade da maior parte dos exames utilizados para o diagnóstico. O doente foi sujeito a terapêutica com tuberculostáticos durante um período de 9 meses verificando-se uma regressão completa do quadro. Muitas vezes só através da prova terapêutica é possível a atribuição de um diagnóstico definitivo. Em doentes com neoformações na nasofaringe e linfadenopatias cervicais é importante considerar TB como um diagnóstico diferencial.
- Avaliação auditiva de comunidades escolares portuguesas: Audiologia Escolar versus Rastreio AuditivoPublication . Lopes, P.; Tomé, D.; Sousa, A.; Magalhães, A.Objectivo: Estudo da incidência da perda auditiva e de problemas otológicos em comunidades escolares do Norte do país de um total de 2550 participantes, entre os 3 e os 17 anos de idade. Desenho do Estudo: Levantamento estatístico nas próprias instituições de ensino sendo realizado um protocolo de avaliação auditiva de rastreio. Material e Métodos: A todos os participantes foi realizado o mesmo protocolo de avaliação que consistiu numa anamnese audiológica, otoscopia e exame audiométrico de rastreio, sendo considerado como critério de inclusão a autorização prévia por parte do encarregado de educação. Resultados: Foram identificados diversos problemas otológicos e a audiometria tonal de rastreio contabilizou limiares auditivos indicativos de hipoacusia, uni e bilateralmente, em cerca de 5,7% dos casos. Conclusões: O rastreio auditivo deve ser realizado o mais precocemente possível e fazer parte integral dos cuidados de saúde primários, de modo a orientar a criança para uma educação e acompanhamento apropriados.
- A eficácia da intervenção em terapia da fala na paralisia da corda vocal: Avaliação objectivaPublication . Pestana, P.; Vaz-Freitas, S.; Almeida-Sousa, C.Objectivos: Analisar os resultados atingidos por um grupo de pacientes com paralisia da corda vocal, usando medidas de avaliação objectivas, antes e após intervenção de Terapia da Fala. Materiais e Métodos: Análise retrospectiva dos resultados obtidos por um grupo de 38 pacientes com paralisia da corda vocal submetidos à intervenção da área de Terapia da Fala, num Hospital Central. Resultados: O tipo de paralisias foi variável, sendo que a maioria dos sujeitos apresentava paralisia unilateral, em posição paramediana. As diferenças de resultados dos parâmetros jitter, shimmer e NNE revelaram-se significativas (p < 0,05). O número médio de consultas de Terapia da Fala necessárias foi de 13,29±7,95. Conclusões: A intervenção de Terapia da Fala em casos de paralisia da corda vocal iniciada precocemente é eficaz, evitando-se assim que os pacientes fossem submetidos a procedimentos cirúrgicos, já que apresentam melhoras significativas da qualidade da voz com a intervenção terapêutica.
- Tempo de respiração exclusivamente nasal e a qualidade de vida relacionada com a obstrução nasalPublication . Ribeiro, R.; Monteiro, D.; Oliveira, J.; Fereira, J.; Almeida-Sousa, C.Objectivos: Verificar se havia correlação entre o tempo de respiração exclusivamente nasal (TREN), sem desconforto para o paciente, e os resultados da escala NOSE (Nasal Obtruction Symptom Evaluation) antes e após septoplastia associada ou não a cornectomia. Desenho do estudo: Estudo prospectivo observacional. Material e Métodos: Pacientes com desvio do septo nasal completaram a escala NOSE e fizeram o teste TREN, antes e 1, 3 e 6 meses após septoplastia, associada ou não a cornectomia parcial inferior bilateral. Resultados: Cinquenta e sete doentes foram submetidos a cirurgia. Houve uma melhoria do resultado NOSE médio pré-operatório para o resultado NOSE um mês após cirurgia (57,2 vs. 15,9; p<0,0001), mantendo-se aos 3 e 6 meses de seguimento. Avaliando as médias dos resultados NOSE em cada um dos grupos TREN, quer antes (0-30s/69,6; 30-60s/50,5; >60s/40,0; p<0,0001) quer um mês após cirurgia (30-60s/37,5; >60s/12.5; p<0,0001) obtiveram-se diferenças estatisticamente significativas que também se verificaram aos 3 e 6 meses de follow-up. Conclusões: O teste TREN trata-se de um teste simples, rápido e barato, cujos resultados estão relacionados com os resultados NOSE, antes e após a septoplastia, constituindo assim uma medida promissora na avaliação da qualidade de vida relacionada com a obstrução nasal.
- Carcinoma adenóide cístico laríngeo: A propósito de um caso clínicoPublication . Monteiro, D.; Ribeiro, R.; Farrajota, P.; Ferreira, M.; Almeida-Sousa, C.O carcinoma adenóide cístico (CAC) é a neoplasia maligna mais frequente das glândulas salivares minor mas, dada a escassez destas glândulas ao nível da laringe, nesta localização, corresponde a menos de 0,2% das neoplasias. Na laringe, localiza-se mais frequentemente na região subglótica, sendo os primeiros sintomas muitas vezes tardios. Estes incluem estridor, dispneia, tosse e obstrução da via aérea. Neste caso clínico, apresenta-se uma doente de 50 anos, com um CAC da região subglótica, cujo primeiro sintoma foi dispneia progressiva. Por má resposta terapêutica foi realizada uma broncofibroscopia onde foi detectada uma neoformação subglótica. Biópsia posterior diagnosticou um CAC do tipo cribriforme. Foi submetida a laringectomia total, seguida de Radioterapia (RT). O seguimento ao longo de 15 meses após cirurgia revela que a doente se encontra sem evidência de recidiva local ou metástases à distância. O seguimento prolongado destes doentes é obrigatório, dada a possível metastização tardia.
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